Opinião

Uma horda de vândalos

Redação DM

Publicado em 28 de abril de 2017 às 22:26 | Atualizado há 8 anos

A nossa outra pacata e ordeira cidade de Goiás, cujo bucolismo e preservação dos seus monumentos históricos muito contribuiu para que obtivessemos para ela o titulo de Patrimonio cultural da humanidade concedido pela Unesco, vem se ressentindo com o desleixo de uma administração caótica(ruas intransitáveis nos bairros, quase uma centena de ponte caidas na zona rural, salários dos funcionários em constantes atrasos, enfim, isso só maquiado e no centro histórico, por eventos em que não faltam dinheiro para tanto, como carnaval, semana santa, como se tudo estivesse às mil maravilhas, mas não está não!).
Soma se a essa catastrófica situação, o fato de que hordas de desordeiros criminosos, vandalos, estão sempre a tentar emporcalhar os monumentos históricos da bela ex-capital, outrora considerada o berço da cultura goiana, hoje invadida por pessoas desqualificadas(muitos embora alguns até possuam um certo verniz de civilidade e formação academica, mas agem como boçais. quando o assunto é criticar as ações dos vandalos, pois tripudiam da inteligencia dos vilaboenses ao, subliminarmente, tentar fazer a defesa enfática dessas ações criminosas) .
De concreto e infelizmente, a cidade de Goiás teve recentemente um caso que alem de pichações em propriedades privadas, quem as praticou ao serem flagrados, um dos autores desferiu facadas no dono do imóvel que por pouco não veio a óbito, mostrando o nível desse bando de desordeiros.
Sem falar que não raro, vários monumentos históricos amanhecem cobertos de rabiscos, pichações que alguns metidos a sabichões, tentam explicar que existe arte nisso e naquilo, que também existe diferença entre pichar e grafitar. Oras, seja o que for, é vandalismo, emporcalhamento, agressão a um patrimonio histórico, artistico e cultural que está em jogo, que monumentos seculares estão sendo depredados por bandidos, vandalos, criminosos que devem responder por isso frente à lei com a devida punição. Não existe isso de se tentar justificar tais abomináveis atos de depredação, só acontecendo na cabeça dos desajustados mentalmente.
E foi assim que a sede do Iphan já teve os seus muros emporcalhados por essa horda de marginais, o Chafariz da praça Brasilio Caiado e, por último, também o chafariz da Carioca.
Infelizmente de uns tempos para cá, coincidindo com a chegada de forasteiros, em cujo mérito das suas vindas não cabe aqui entrar, pois também por certo vieram pessoas que não comungam com esses atos criminosos, que isso começou a acontecer aqui na ex-capital, o que é uma pena, pois se, aos poucos, vem se tentando resgatar parte da sua história tão bonita e escrita com sangue, suor e lágrimas de muitos que nos antecederam, fossem eles pessoas lives ou escravos de um cruel sistema que à época imperava, a quase tres séculos, de uma hora para outra se ver esse tipo de ação cuja finalidade outra não tem, do que sujar, emporcalhar o que o tempo não conseguiu destruir, graças à dedicação de tantas pessoas que a tudo fazem para que tais monumentos se mantenham de pé, a fim de que gerações futuras também possam se deleitar na contemplação de tão belas obras de artes.
Felizmente, esses atos execráveis receberam o forte repúdio das pessoas de bem da nossa cidade, sempre ciosas e comprometidas com a preservação do patrimonio histórico e grande tesouro do qual elas são as guardiãs e assim, prontamente, se manifestaram contrárias a essa bandidagem, afinal esse patrimonio coletivo é de todos, portanto merece que a população se mantenha atenta para que ele se mantenha intacto e atravesse, incólume, não só os tres séculos que até agora já superou mas, muitos e muitos outros mais, afinal ele não pertence só aos vilaboenses, goianos e brasileiros, mas a toda a humanidade, pois não à toa é que fez jus à honraria concedida pela Unesco. Dito!!

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