Opinião

Wendell Lira e Rui Barbosa, “dois pequenos”

Redação DM

Publicado em 14 de janeiro de 2016 às 00:02 | Atualizado há 9 anos

Eu fico impressionado com a capacidade dos meus amigos goianos de me fazerem feliz, aliás, feliz não, felicíssimo. Eu costumo brincar, com os mais próximos, dizendo-lhes que a “Globo” ainda não os descobriu. Depois de 11 meses longe daqui, retornei com a minha filha Sophia Penellopy, sete anos, goianinha, para passar o final de semana que agora “prolongamos” e, por falar em prolongar, como sempre menciono, os mestres ensinam que parágrafos longos, prolongados, extensos, costumam afugentar alguns leitores. Entretanto, antes de finalizar gostaria de parabenizar o jogador Wendell Lira – e Wendell com dois “L”, a décima segunda letra do alfabeto latino e, claro, do alfabeto “português”, como consta, também, no nome da dócil e precoce Sophia Penellopy – então, depois de toda essa “volta”, gostaria de parabenizar o jogador pelo prêmio e pela coragem e humildade demonstradas em seu sucinto discurso, quando afirmou que Davi, quando rapazinho e, portanto, de pequena estatura, não se amedrontou diante do gigante Golias porque pensou que, se ele era grande, seria difícil de errar a pedrada que, como sabemos, foi certeira, bem na cabeça do homenzarrão que veio a óbito “na hora”. Parabéns Wendell.

Depois de uma recepção dessas ainda me deparo, justamente no décimo segundo dia do ano – e o misericordioso leitor assíduo e a Sophia sabem o quanto o número “12” é significativo na minha vida e escritos, os 12 filhos de Jacó, 12 estados de Israel, 12 discípulos de Cristo, o sistema duodecimal utilizado pelos Fenícios, sobre o que herdamos quando compramos uma dúzia de bananas ou meia dúzia de ovos no supermercado ou feira, enfim uma enormidade de fenômenos em torno do número incrível… – então, por falar em estatura pequena, depois de “ontem”, hoje me deparei com a capa deste matutino vanguardista estampado a foto do colendo Rui Barbosa, (1849-1923), em destaque no expediente e abaixo o título: “De tanto ver triunfar a desonra.” Eu não vou prolongar este artigo transcrevendo trechos do maravilhoso discurso do pequeno grande baiano, no Senado Federal, porque espero que o misericordioso leitor, caso não o tenha feito, faça-o, por favor, e, não resisto, vou transcrever apenas o início do discurso monumental. Ei-lo:

“A falta de justiça, srs. Senadores, é o grande mal da nossa terra, o mal dos males, a origem de todas as nossas infelicidades, a fonte de todo nosso descrédito, é a miséria suprema desta pobre nação.”

Até!

 

(Henrique Dias, jornalista)

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