Polícia

General da reserva admite plano para assassinar autoridades em 2022

Redação Online

Publicado em 26 de julho de 2025 às 18:29 | Atualizado há 8 horas

Fernandes conheceu Bolsonaro em 2019 durante visita presidencial ao Comando de Operações Especiais em Goiânia
Fernandes conheceu Bolsonaro em 2019 durante visita presidencial ao Comando de Operações Especiais em Goiânia

O general da reserva Mário Fernandes, 61 anos, ex-comandante de Operações Especiais do Exército, assumiu ao STF a autoria de um plano para eliminar autoridades após a derrota de Jair Bolsonaro em 2022. O documento, batizado de “Punhal Verde e Amarelo”, detalhava ações contra Lula, Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes.

Fernandes conheceu Bolsonaro em 2019 durante visita presidencial ao Comando de Operações Especiais em Goiânia, a primeira de um chefe de Estado desde a redemocratização. Em 2021, ingressou no governo como secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência, sob comando do ministro Luiz Eduardo Ramos.

Investigadores encontraram no computador do militar o arquivo digital com o plano, que incluía monitoramento da rotina de Moraes e articulação com ex-comandados das Forças Especiais (os “kids pretos”). Em depoimento, Fernandes afirmou que o texto representava “apenas um pensamento” e que se arrependeu de tê-lo digitalizado.

Em novembro de 2022, o general enviou uma mensagem explosiva ao então comandante do Exército, Marco Antônio Freire Gomes: “É agora ou nunca mais, comandante, temos que agir”. A PGR aponta que ele atuou como ponte entre o governo e acampamentos golpistas em Brasília, onde esteve quatro vezes.

A denúncia da PGR destaca que Fernandes coordenava “monitoramento e neutralização de autoridades” e planejava assessorar um gabinete pós-golpe. Após o governo Bolsonaro, trabalhou no gabinete do deputado Eduardo Pazuello (PL-RJ), ex-ministro da Saúde.

Foto: Reprodução/Youtube

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