Mulher reconhece boneca da filha entre objetos de serial killer preso em Goiás
DM Redação
Publicado em 18 de setembro de 2025 às 11:37 | Atualizado há 13 minutos
A Polícia Civil de Rio Verde (GO) identificou mais um detalhe intrigante na investigação contra Rildo Soares de Souza, 33 anos, apontado como autor de cinco feminicídios, um latrocínio e outros crimes violentos. Entre os objetos encontrados na casa do suspeito, estavam diversas bonecas. Uma delas foi reconhecida por uma moradora como pertencente à filha dela.
“Essa boneca era da minha filha”, disse a mulher ao delegado Adelson Candeo, titular do Grupo de Investigações de Homicídios (GIH). Segundo a polícia, o objeto foi levado da residência da família no período em que Rildo trabalhava com a montagem e desmontagem de móveis.
As circunstâncias reforçam a suspeita de que o acusado possa ter também perfil de predador sexual. O delegado Candeo explicou que, em relação às vítimas adultas, Rildo aplicava violência extrema e eliminava as mulheres por medo de ser identificado. Já em relação a crianças, o risco de abuso não está descartado, uma vez que elas não conseguem relatar ou reconhecer o agressor com clareza.
Na audiência de custódia, realizada no dia 13, o acusado afirmou que guardava as bonecas porque tinha dois filhos. Solicitou liberdade, alegando que as crianças estariam com uma vizinha. No entanto, o Conselho Tutelar foi acionado e constatou que nenhuma criança vivia com ele. A polícia confirmou que Rildo tem apenas uma filha, que não reside em sua casa.
A investigação também apura a relação do suspeito com um colega com quem prestava serviços de montagem de móveis. Esse homem, funcionário de uma empresa terceirizada, negou qualquer amizade com Rildo. Policiais analisaram o celular dele e fizeram buscas na residência.
No dia em que o corpo de Elisângela da Silva Souza, 26 anos, foi localizado, Rildo havia trabalhado com o colega. Horas depois, ele voltou a pé ao local do crime, acompanhou a perícia e acabou ao ser reconhecido e preso.
A polícia agora busca entender a ligação das bonecas com a dinâmica dos crimes. Além disso, investiga o desaparecimento de outras duas mulheres e analisa uma bolsa reconhecida pela mãe de Ingrid Ferreira Barbosa Romagnoli, 38 anos, desaparecida desde agosto.
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