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Mulher trans se torna ré por exploração sexual de transexuais em Valparaíso

Indiciada por extorsão qualificada e coação, acusada obrigava vítimas a se prostituírem sob ameaças e violência psicológica

Foto: Polícia Civil Foto: Polícia Civil

Juliana Ribeiro, uma mulher trans, foi indiciada pela Polícia Civil (PC) por extorsão qualificada e investigada pelo crime de coação. Ela é acusada de atuar na exploração sexual de oito transexuais, que trabalhavam como garotas de programa em Valparaíso de Goiás, no Entorno do Distrito Federal (DF). As vítimas eram submetidas a constantes ameaças de morte e violência psicológica enquanto trabalhavam no "ponto" de prostituição dela.

Após a conclusão das investigações, a delegada Samya Nogueira, responsável pelo caso na 1ª Delegacia de PC de Valparaíso, enviou o processo para o Ministério Público (MP). Na sexta-feira (21), o órgão ofereceu a denúncia à Justiça, que a recebeu prontamente, tornando Juliana ré no processo e aguardando julgamento.

Segundo a delegada Nogueira, Juliana forçava as vítimas a levarem dinheiro para casa após se prostituírem. A acusada também oferecia abrigo para as transexuais, prometendo uma vida melhor, mas, na realidade, as mantinha em cárcere privado.

O caso começou a ser investigado em 25 de maio, quando as oito transexuais, incluindo uma de apenas 14 anos, foram resgatadas após serem ameaçadas de morte e obrigadas a se prostituir. Apesar da prisão de Juliana em 18 de julho, as vítimas denunciaram que a casa onde moravam foi invadida por parentes da acusada, que as agrediram e ameaçaram para que retirassem a denúncia.

Devido à gravidade do caso e visando a segurança das vítimas, o processo corre em segredo de Justiça.

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