Polícia

Tarado se passava por líder religioso para estuprar vítimas

Inglid Martins

Publicado em 25 de março de 2024 às 14:50 | Atualizado há 4 meses

Um serralheiro, de 53 anos, foi preso suspeito de cometer estupros em série, no sábado, 23 em Goiânia. De acordo com a Polícia Civil (PCGO,) os crimes aconteciam desde 2015, mas os agentes acreditam que possam haver mais vítimas de anos anteriores ao primeiro registro.

A escolha das vitimas, segundo a delegada Amanda Menuci, acontecia  antes de abordá-las nas ruas, assim, com informações do bairro onde elas moravam ele fingia conhecê-las para oferecer carona quando elas passavam.

O suspeito perguntava a religião da mulher e com essa informação ele fingia ser pastor ou lider religioso da igreja ou local onde a vítima frenquenta, assim ganhava a confiança para cometer os abusos. 

Segundo as vítimas, o investigado usava uma faca ou arma de fogo para ameaça-las a seguir com ele para o local ermo onde ele as dopava antes de cometer o abuso, após desmaiar, elas não ofereciam resistência ficando vulneráveis. Nesse estado, o agressor comete o ato violento e deixa as mulheres no local onde o crime ocorreu, ainda desacordadas.

A polícia identificou o suspeito após investigações revelarem uma série de agressões sexuais semelhantes, todas utilizando o mesmo modus operandi. Assim, com o material genético do autor, obtidos através dos exames realizados nas vítima,s no Instituto Médico Legal (IML), a Polícia Técnica Científica (PTC) obteve o resultado positivo do mesmo perfil genético, “match”, em seis dos oito casos.

As mulheres tinham entre 11 e 57 anos e os crimes aconteceram entre os 2015 e 2024, nas cidades de Goiânia, Trindade, Santa Bárbara e Goianira. Para o DM o delegado Rafael Borges disse que pode haver mais vítimas de crimes sexuais cometidos pelo serralheiro, que não devem ter sido notificados notificados ou registrados na PC.

A possibilidade é analisada como o que ocorreu com a menina de 11 anos que estava sendo investigado pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) e só depois da confirmação do DNA, sendo comprovado com mais cinco exames cometidos pelo mesmo autor, passou a ser tratado pela Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM).


Com a adolescente, o investigado foi mais violento, conforme aponta a perita Mariana Mota. A menina foi forçada a entrar no carro e após os abusos ele ainda manteve contato com ela por cerca de um mês. Dizendo que ela faria programas sexuais que além de torturar psicologicamente a vítima ele ainda ameaçava.

Mariana, acredita que o suspeito possa ser pedófilo e não descarta a possibilidade de haver vitimas fatais, menores de idade, que ainda não estão nos autos do processo. Devido a forma de abordagem e tratamento com a menina. 

Segundo informações da PC, o investigado demonstra preocupação com sua aparência, sendo descrito como alguém sempre muito bem-vestido, de barba aparada e que se submete a tratamentos de pele para manter uma apresentação impecável. O perfil do suspeito traçado pelos investigadores, com base nas características físicas mencionadas por testemunhas, descreve um homem de estatura mediana, pele branca, rosto limpo, nariz afilado e cabelos grisalhos.

Para cometer o suposto crime, o homem usava carros diferentes, que eram de clientes dos seus filhos que são mecânicos e tem uma oficina em frente a casa da familia.

Um dos filhos do suspeito também foi preso por interceptação, com ele foi encontrado um celular roubado de uma das mulheres, vítima de estupro.

Divulgação/PCGO


Com a divulgaçao das imagens do suspeito, o Delegado Rafael Borges acredita que novas vitimas poderão aparecer, inclusive pede que caso tenha conhecimento ou tenha sido vítima de abuso praticado pelo suspeito que procure a DEAM e registe a ocorrência do caso.

A divulgação da imagem do preso foi procedida nos termos da Lei nº 13.869/2019 e da Portaria nº 547/2021 – PC, conforme despacho do(a) delegado(a) de polícia responsável pelo inquérito policial, de modo que a publicação de sua imagem possa auxiliar no surgimento de novas vítimas e testemunhas que façam seu reconhecimento, além de novas provas.


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