Torcedor atleticano relata trauma do filho cinco meses após agressão de rivais

Um torcedor do Atlético Goianiense relatou à Justiça que o filho de três anos, testemunha de uma agressão sofrida em maio deste ano, ainda sofre com lembranças do episódio. O homem afirmou que a criança comenta diariamente sobre o ataque e que, por semanas, perguntava se “os homens” voltariam a derrubá-los da moto no trajeto para o Cmei onde estuda.

Cinco meses após o crime, a Justiça condenou três integrantes da Força Jovem por roubo majorado, corrupção de menores e dano qualificado. Pedro Paulo Martins de Oliveira, Rafael Gomes dos Passos Cordeiro e Joanito Tavares Pimentel Neto receberam penas de oito anos, um mês e dez dias de reclusão, além de 17 dias-multa e mais um mês e cinco dias de detenção.

O caso ocorreu em 4 de maio, em frente ao Condomínio Jardim das Oliveiras, em Goiânia, após a partida entre Atlético e Novorizontino. Imagens de câmeras de segurança registraram a abordagem e a fuga dos agressores. A vítima foi derrubada, arrastada e agredida com socos e chutes, enquanto o filho foi retirado da moto pelo adolescente que acompanhava o grupo.

Durante as investigações, Pedro Paulo e o adolescente se apresentaram espontaneamente e confessaram a participação, ao revelarem os demais envolvidos. Dias depois, Rafael e Joanito também assumiram o crime. A Operação Linha de Defesa, deflagrada em julho, resultou em prisões temporárias, buscas e quebras de sigilo telefônico. A sentença determinou ainda a proibição de acesso dos condenados a arenas esportivas, embora eles possam recorrer em liberdade.

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