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Marconi: “É hora de convergência e paz”

O governador Marconi Perillo defendeu ontem que as diferentes esferas de poder, a começar pelos prefeitos eleitos em outubro, se unam em prol da superação definitiva da crise econômica e da retomada do crescimento sustentável. A prática foi defendida em mais duas rodadas de entrevistas, em que Marconi detalhou a proposta de parceria com os prefeitos e prestou contas das ações da administração nos dois primeiros anos do quarto mandato, que terminam em 31 de dezembro.

O governador defendeu que a classe política tenha uma convivência republicana, pautada pela superação de divergências partidárias em nome dos interesses maiores do Estado. “Nós vivemos outros tempos. O tempo do ódio, o tempo das mágoas, dos coronéis, já passou. É tempo de liberdade, de convergência, de paz”, disse Marconi, afirmando que está “completamente aberto” a essa visão política.

Por 25 minutos, em sua chácara na vizinha Pirenópolis, Marconi respondeu aos questionamentos dos repórteres enviados pelas emissoras. Ao falar de temas específicos da realidade local, se comprometeu a ampliar as parcerias com o prefeito eleito Roberto do Órion, a exemplo do que faz hoje com o prefeito João Gomes. Cumprimentou os dois pela forma que se comportaram durante o processo eleitoral e enfatizou que a vontade popular deve sempre prevalecer.

Marconi disse que o Estado continuará a investir vultosos recursos na infraestrutura de Anápolis, garantindo a continuidade de obras estratégicas, como o Aeroporto de Cargas, a licitação da Plataforma Logística, a conclusão do presídio, o Centro de Convenções e o Anel Viário. Outro assunto abordado na entrevista foi a questão da água.

Segundo ele, a Saneago dará continuidade aos investimentos para ampliar a oferta de água tratada e esgotamento sanitário, principalmente com a interligação do sistema Piancó I ao Piancó II. Indagado sobre a proposta de municipalização do tratamento de água, feita pelo candidato vencedor da disputa local, Marconi afirmou que não se trata de um assunto simples, mas complexo, mesmo porque a Saneago já investiu centenas de milhares de reais na ampliação do saneamento básico na cidade. Disse que vai conversar “com toda abertura” sobre o assunto com o prefeito eleito Roberto do Órion, levando-se em conta também a opinião dos trabalhadores do Sindicato dos Urbanitários (Stiueg), “que é um sindicato forte e atuante”.

“Eleições municipais consolidam processo democrático”, diz o governador

Ao analisar os resultados das eleições municipais em todo o País, avaliou que houve a consolidação do processo democrático no Brasil, evidenciando que não prosperou a “tese de golpe”. Informou também que vai receber, agora em novembro, os prefeitos eleitos por Goiás coletivamente, em seguida os receberá em audiências individuais, que terão sequência em fevereiro do ano que vem. “Os prefeitos que quiserem ter sucesso terão que celebrar parcerias com os governos federal e estadual”, sublinhou.

Marconi ressaltou que é importante a união de todos os entes federativos, para enfrentamento conjunto da “mais grave crise econômica da história do Brasil”. Segundo ele, são poucos os Estados que têm condições de honrar seus compromissos financeiros. O governador explicou que, nestas eleições, tomou a decisão de priorizar a agenda administrativa, até porque “o papel do governador é governar”. Por isso, ressaltou, Goiás apresenta-se em condições melhores que outros Estados da Federação em relação ao equilíbrio fiscal e aos indicadores econômicos.

A exemplo da coletiva à imprensa que concedeu segunda-feira em Goiânia, Marconi respondeu aos repórteres anapolinos sobre a relação que terá com o prefeito eleito de Goiânia, Iris Rezende. Reafirmou que será a melhor possível, porque tanto ele quanto Iris são políticos amadurecidos. “O Iris tem 30 anos a mais de estrada rodada do que eu”, enfatizando que já enfrentou o prefeito eleito em seis embates eleitorais, mas sempre se comportaram como adversários políticos e sem nada no campo pessoal.

Marconi também elogiou a coragem de Vanderlan Cardoso em disputar uma eleição difícil, como a de Goiânia, enfrentando um adversário “duro de ser batido”. O governador ressaltou, por fim, que as portas do Palácio das Esmeraldas estarão “abertíssimas” para a celebração de parcerias com os prefeitos eleitos, sem qualquer discriminação partidária e visando sempre os interesses maiores de coletividade.

“Novos hospitais vão revolucionar saúde no Entorno”

O governador Marconi Perillo afirmou ontem, durante entrevista ao jornal Correio Braziliense, que a conclusão das obras dos hospitais de Santo Antônio do Descoberto e de Águas Lindas vão revolucionar a saúde no Entorno do Distrito Federal, invertendo a lógica da procura por atendimento na região. “Quando os hospitais estiverem funcionando, os pacientes de Brasília é que irão a Goiás buscar atendimento”, disse.

Ele explicou que quando as duas unidades hospitalares estiverem prontas vão se juntar a um terceiro grande hospital que será construído no Entorno Sul do DF, em Valparaíso. Os três serão, segundo o governador, geridos por Organizações Sociais e vão inverter a fluxo de pacientes do Entorno para a rede pública de Brasília. “Quando esses hospitais ficarem prontos, se eles funcionarem como funcionam hoje os de Goiânia e de outras partes do Estado – e vão funcionar assim – vocês vão ver uma inversão. Pessoas daqui vão começar a procurar nossos hospitais lá”, anunciou.

Marconi Perillo informou que Hospital de Santo Antônio do Descoberto, que ficou 15 anos sob a gestão da prefeitura, estava em obras, mas a empreiteira que ganhou a licitação paralisou os trabalhos e, mesmo assim, ganhou na Justiça o direito de continuar realizando a reforma. “Mas ela não dá conta de fazer a obra. Então, estamos batalhando judicialmente para concluirmos o hospital, equipar, em parceria com o governo Federal, com o Ministério da Saúde, e implantarmos lá uma OS (Organização Social)”, revelou.

Marconi disse que, em Águas Lindas de Goiás, havia um hospital em construção, cuja obra havia sido abandonada há dez anos. Após acertar com o prefeito Hildo do Candango a transferência da gestão para o Estado, o governo de Goiás retomou os trabalhos e deve entregar em breve à população. “Estamos trabalhando lá, concluindo o hospital. Ele será equipado. E teremos o compromisso de construirmos outro no Entorno Sul, que será em Valparaíso”.

“A melhor coisa que vai acontecer aqui na região de Brasília vai ser o funcionamento desses hospitais nossos. Porque as pessoas não vão precisar vir a Goiânia para saber se funciona ou se não funciona OS. Bastará que os cidadãos procurem os hospitais para que eles própriospossam fazer a publicidade, a divulgação”, anunciou.

“Prévias permitem que lideranças regionais sejam conhecidas nacionalmente”

A realização de prévias pelo PSDB para a escolha do candidato tucano que disputará a presidência da República, em 2018, voltou a ser defendida pelo governador Marconi Perillo, ontem, em Brasília, durante entrevista concedida ao CB Poder, canal televisivo do Correio Braziliense.

Ao portal, Marconi destacou que o processo de primárias para definição de candidatura permite que lideranças regionais disputem de forma mais democrática com autoridades conhecidas nacionalmente.

“Eu defendo intransigentemente que o PSDB tenha prévias. As prévias oxigenam os partidos e permitem que lideranças regionais sejam conhecidas nacionalmente. E permitem também que lideranças regionais possam apresentar bons programas à nação”, pontuou.

Marconi voltou a citar o caso do presidente Barack Obama, que só conseguiu consolidar sua candidatura à presidência dos Estados Unidos, após disputar as prévias do Partido Democrata. “Prévias possibilitam que senadores, governadores e demais lideranças das mais distintas regiões do país possam participar do processo. Só assim o Obama foi eleito. Imagine se ele não tivesse participado de prévias, ninguém tomava dentro do partido, naquela época, da Hillary (Clinton)”, lembrou.

O governador de Goiás não confirmou que disputará as prévias tucanas, caso o PSDB opte pela realização delas. Mas não descartou a possibilidade. “Mais adiante eu vou examinar se entro ou não entro. Se eu decidir ser candidato, não descarto disputar as prévias, até porque tenho história dentro do PSDB: cinco mandatos majoritários consecutivos”, disse.

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