Pesquisa do Instituto Vox Populi, realizada entre os dias 11 e 15 de abril, mostra que depois de preso o ex-presidente Lula ganhou mais apoio popular do que tinha antes. O levantamento, que foi encomendado pela Centra Única dos Trabalhadores revela que Lula mantém a liderança com 39% na espontânea e 47% na estimulada. A entrada de Joaquim Barbosa no processo sucessório mexeu com os votos dos candidatos de direita e de centro-direita. O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal tira votos do deputado federal Jair Bolsonaro, de Marina Silva e Geraldo Alckmin e fica praticamente empatado no segundo lugar.
Para maioria dos brasileiros, 58%, Lula tem o direito de ser candidato à presidência, outros 51% consideram que ele deve ser julgado nas urnas e não pelo juiz Sérgio Moro. Para 44% a prisão foi injusta, 41% avaliam que o ex-presidente foi condenado sem provas e 34% entendem que haviam provas para condenação.
PRIMEIRO TURNO
Na pergunta espontânea sobre intenção de votos para presidente da República, Lula marcou 39% (eram 38% na pesquisa Vox de dezembro de 2016). Jair Bolsonaro (PSL) fica com 9%, Joaquim Barbosa (PSB), 2%, mesmo percentual que recebe a ex-senadora Marina Silva (Rede). Com 1% aparecem o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) e o senador Alvaro Dias (Podemos). Outros candidatos somaram 3%, votos nulos 14% e indecisos 28%.
Na estimulada Lula salta para 47%, Bolsonaro fica com 11%, tecnicamente empatado com Joaquim Barbosa que chega a 9%; Marina vai a 7%, Alckmin registra 3 %, Ciro Gomes e Alvaro Dias empatam com 2%, o ex-ministro Henrique Meirelles pontua 1%; Manuela D´Avila (PC do B), Rodrigo Maia (DEM) e Boulos (PSOL) não pontuaram. Os votos nulos chegam a 12% e indecisos, 6%.
SEGUNDO TURNO
Nos cenários de segundo turno, Lula marca 56% x 12% contra Geraldo Alckmin (eram 50% x 14% em dezembro), 54% x 16% contra Marina Silva, (eram 52% x 21%) e 54% x 20% contra Joaquim Barbosa (eram 52% x 21%).
Segundo o diretor do Vox Populi, Marcos Coimbra, a pesquisa mostra que aumentou o sentimento de que o ex-presidente é vítima de uma injustiça e de que recebe um tratamento desigual por parte do Judiciário”.
A pesquisa constata o aumento da simpatia ao PT e a diminuição da rejeição a Lula. “A prisão de Lula, da forma como ocorreu, parece ter afetado a visão do cidadão comum, de forma a torná-la mais favorável ao ex-presidente”, avalia Coimbra. (Com informações do Brasil247).