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POLÍTICA

Pesquisa não traz números definitivos à Casa Verde e ao Senado da República

  •  Entrevistado aposta na manutenção do status quo, o que lhe traz segurança, diz o peruano doutor da UFG Carlos Ugo Santander
  •  Se eleições fossem hoje, Ronaldo Caiado ganharia pleito. Como o primeiro turno ocorrerá em 7 de outubro de 2018, cenário pode mudar
  •  Presidente do PMN, Eduardo Macedo acredita na possibilidade real de Caiado ser eleito, pela Frente de Oposição Unidas Para Mudar Goiás, já no primeiro turno

A pesquisa Grupom/Diário da Manhã retrata apenas um momento da campa­nha eleitoral de 2018, analisa o so­ciólogo, graduado na UFG, Lucas Marques Ribeiro. Com o início da propaganda eleitoral gratuita em rá­dio e TV, a deflagração dos comícios e o desenvolvimento das carreatas, nos 246 municípios do Estado de Goiás, os índices podem ser altera­dos ou não, avalia o cientista social. A corrida ao Palácio do Planalto terá, sim, influência, na sucessão esta­dual, acredita. As decisões do TSE e do STF, em relação ao ex-presiden­te da República Luiz Inácio Lula da Silva, que lidera as estatísticas até hoje, podem mudar o quadro, dis­para ele.

O levantamento mostra que Luiz Inácio Lula da Silva larga na pole po­sition ao Palácio da Alvorada. O se­nador da República Ronaldo Caiado [DEM], da Frente de Oposição Uni­da Para Mudar Goiás, aparece em primeiro lugar com 38,2% das inten­ções de votos. O governador do Esta­do, José Eliton [PSDB], que concor­re à reeleição, pela Base Aliada, está na segunda colocação com 11,7%. À frentedodeputadofederaldoMDB, a legendadeMichelTemer, queaboca­nha, hoje, 10% do percentual dos en­trevistados. A professora Kátia Maria [PT] subiu e chega à quarta posição com 5,1%. Marcelo Lira [PCB], 1,2%. PCO,1,2%. Weslei Garcia [Psol], 0,9%.

Graduado em Ciências Sociais, em Lima, Peru, com mestrado no México e doutorado na UnB [Uni­versidade de Brasília], o professor de Ciências Sociais Comparadas, da Universidade Federal de Goiás [UFG], Carlos Ugo Santander, con­ta que a tendência de votos que aponta Grupom/Diário da Manhã é de linhagem conservadora. O entrevistado aposta na manuten­ção do status quo, frisa o pesquisa­dor. O que lhe traz segurança, dis­para o docente. Mesmo com o seu elevado grau de indignação polí­tica com a crise econômica, além do grave quadro de tragédia social e de instabilidade política, atira. A opção por Ronaldo Caiado mostra isso, metralha ele.

A pedagoga Kátia Maria, mestre, vê a pesquisa com cautela. O mo­mento é de apresentação dos can­didatos e de projetos, explica. Os índices mostram que 60% dos elei­tores continuam indefinidos, afir­ma. O cenário é de indefinição, crê. A líder petista, que está em quarto lugar, aposta em crescimento, de­fende o registro da candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva, insiste que eleição sem o ex-operário me­talúrgico é golpe e lembra que ape­nas com o início e o encerramento da propaganda gratuita em rádio e TV será possível ter um quadro níti­do de quem irá para o segundo tur­no, no Estado, e os favoritos para a corrida ao Senado Federal.

Marcelo Lira, candidato do PCB, o Partido Comunista Brasileiro, le­genda da foice e do martelo criada em 25 de março de 1922, como se­ção brasileira do Komintern, a Ter­ceira Internacional, central mundial da revolução fundada por Vladimir Ilich Ulianov, codinome Lênin, e Liev Davidovich Brontein, ‘nom de guerre’ Leon Trotski, afirma que as eleições no Brasil, de 2018, não são democráticas. Com igualdade de condições para a disputa de proje­tos políticos, fuzila. Os líderes das pesquisas constituem-se em aliados das oligarquias tradicionais, ao ve­lho baronato econômico e político, vocifera. O PCB crê em crescimen­to das lutas sociais, frisa.

O policial rodoviário federal, ati­vista do direitos humanos, opera­dor do Direito e defensor incondi­cional dos direitos das mulheres, negros, indígenas, sem terras, sem teto e LGBTs, Fabrício Rosa [Psol], candidato à Câmara Alta ou Revi­sora do Congresso Nacional, o Se­nado da República, lamenta a au­sência de um Estado Democrático de Direito, no Brasil. O líder ‘gauche’ reclama que as eleições não estabe­lecem condições de igualdade para a disputa democrática. Porta-voz da ‘Izquierda Libertária’, critica a supos­ta continuidade do abuso do poder econômico no pleito. Mesmo assim, ele espera ser eleito, em 7 de outu­bro de 2018, nas urnas eletrônicas.

Rádio, TV e redes sociais

A presidente do PCdoB, em Goiás, e deputada estadual Isau­ra Lemos narra que as propagan­das em rádio e TV, além das re­des sociais, mudarão o formato das campanhas até então reali­zadas, no Brasil. Com o núme­ro de indecisos, a perspectiva de abstenção, votos em branco e nu­los, o eleitor dá um sinal, no Bra­sil e em Goiás, que fará opção pela mudança, explica. O que traduz que entendeu o claro significado do golpe de 2016, relata. Que de­pôs, sem crime de responsabilida­de, a presidente da República, Dil­ma Vana Rousseff, para aprovar medidas neoliberais, com o des­monte do Estado, e prender o ex­-operário Luiz Inácio Lula da Sil­va, ataca, indignada.

Se as eleições fossem hoje, Ro­naldo Caiado ganharia o pleito, avalia Euler Ivo Vieira. Mas como o primeiro turno ocorrerá em 7 de outubro de 2018, o cenário po­derá mudar, acredita. A máqui­na do Estado já começa a girar, o que revela crescimento, mesmo que reduzido, de José Eliton, des­taca. Daniel Vilela pode crescer em 45 dias, calcula. Com o efeito Luiz Inácio Lula da Silva, Fernan­do Haddad e Manuela D´Ávila, Kátia Maria, da Frente de Esquer­da PT & PC do B, reúne condições materiais, imateriais, simbólicas, políticas de chegar à segunda eta­pa do processo eleitoral, projeta. É a luta de classes, pontua. O resul­tado, porém, está indefinido, diz

- Os embates estaduais segui­rão a valsa da disputa nacional.

Ex-presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás Jar­del Sebba, tucano de alta pluma­gem, admite, hoje, a vantagem de Ronaldo Caiado, senador da Re­pública, na corrida à Casa Verde. É possível também uma reviravolta como nas eleições de 1994, dispa­ra. O Tempo Novo possui capilari­dade social, cultural e política nos 246 municípios de Goiás, recorda­-se. José Eliton não é um persona­gem popular ainda, conhecido pelos seis milhões de habitantes do Estado, o que ocorrerá com o palanque eletrônico, a atuação na rede mundial de computadores, a realização de comícios, a acelera­ção das carreatas e atos políticos, fuzila o secretário de Estado

Vice-presidente do Partido Pro­gressista [PP], Sérgio Lucas, o ad­vogado, com especialização na Es­cola Superior de Guerra [ESG], diz que Ronaldo Caiado lidera, sim, a corrida à Casa Verde. Apesar disso, os números não estariam conso­lidados, sublinha. O resultado sai­rá dia 7 de outubro, dispara. Mar­coni Perillo [PSDB] e Lúcia Vânia [PSB], mesmo com o crescimen­to de Vanderlan Cardoso [PP], de­vem ser eleitos, ao Senado, calcu­la. Jorge Kajuru [PRP] não possui densidade política eleitoral, frisa. Presidente do PMN, Eduardo Ma­cedo acredita na possibilidade real de Ronaldo Caiado ser eleito, pela Frente de Oposição Unidas Para Mudar Goiás, já no primeiro turno.

Arthur Ciro [PMN] crê na vitória incontestável do senador da Repú­blica Ronaldo Caiado. O engenhei­ro agrônomo, produtor rural, em­presário no meio urbano, Hermes Traldi afirma que os índices mos­tram que o eleitor quer mudança com segurança, aponta exaustão do Tempo Novo, no poder há exa­tos 20 anos, e que Ronaldo Caia­do ganhará o pleito. A pedagoga graduada pela PUC, mestre em Ciências da Educação e doutora em Educação, consultora da ONU, no sudeste da Ásia, Timor Leste, de Xanana Gusmão, avalia que os nú­meros não são definitivos, existe percentual elevado de indecisos, não ocorreu o início da campa­nha de rádio e TV, avalia ser preci­so levar em consideração o peso da máquina do Estado e o efeito na­cional. A vereadora Tatiana Lemos [PC do B] aposta na eleição deLuiz Inácio Lula da Silva, Fernando Ha­ddad e Manuela D´Ávila, na reali­zação de segundo turno, em Goiás, e vê crescimento de Kátia Maria.

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