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POLÍTICA

Coronel critica política de promoção do governo estadual

Pela segunda vez, neste ano, o go­verno estadual faz promoções na Po­lícia Militar sem que à mudança de patentes corresponda aumento de vencimentos. Os promovidos conti­nuarão a receber o mesmo ordena­do até dezembro deste ano.

No último dia 21 de setembro o Diário Oficial de Goiás publicou, na página 634, a portaria 11.117, pela qual se promove, por mérito e por antiguidade, praças da Polícia Mi­litar. Praças são cabos, sargentos e subtenentes. No caso, a promoção incidiu sobre sargentos que foram a subtenente. Um dispositivo do ato publicado estabelece que os “efeitos financeiros” desta promoção vão se dar apenas em dezembro deste ano.

“Mais uma vez”, comenta o co­ronel Avelar Viveiros, da reserva, “o atual governador brinca com a PM goiana, fazendo promoções eleito­reiras, pois as promovidas vão conti­nuar na mesma situação financeira. Se é para não melhorar a condição salarial dos praças, qual o sentido de promovê-los agora?”, questiona.

Viveiros relata que, em agosto des­te ano, ocorreram várias promoções de oficiais, sem a correspondente melhoria salarial. Capitão virou ma­jor mas continua recebendo como capitão. Viveiros informa que, pos­teriormente, os atos de promoções dos oficiais foram revistos. “Se fize­ram isto com os oficiais, quem garan­te que o mesmo não será feito com os praças?”

Para o coronel Viveiros, a “admi­nistração atabalhoada fica criando constrangimentos para os gestores, que ficam desacreditados, e para os servidores, que descreem da capcida­de de cumprir seus compromissos”.

Na opinião do coronel, essas idas e vindas cria desgaste, inseguran­ça juridica, expectativas frustradas. Segundo Viveiros, a promoção de um militar é, do ponto de vista ad­ministrativo, um ato complexo, que se consuma com a adequação sala­rial. “Sem este último ato, a promo­ção fica defeituosa, e macula toda a cadeia hierárquica”, afirma.

É o tipo de coisa que gera mal es­tar nos quartéis. “A correção da in­justiça de praças torna-se im­perativo, para preservar os valores castrenses e impri­mir ainda algum respeito ao atual governo, já bastan­te desgastado perante os po­liciais militares”, conclui.

A administração atabalhoada fica criando constrangimentos para os gestores, que ficam desacreditados,e para os servidores,que descreem da capcidade decumprir seus compromissos”

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