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Maia confirma que vai sair do DEM e diz que partido foi para a extrema-direita

O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (RJ), disse que vai se desfiliar do DEM, partido que, segundo ele, voltou a ser de "direita ou extrema-direita". Após ver seu candidato na eleição à Presidência da Câmara abandonado em nome da aproximação de seu partido com o Presidente da República, ele afirma que o DEM regrediu aos tempos de Arena. A informação é do site Terra.

"O partido voltou ao que era na década de 1980, para antes da redemocratização, quando o presidente do partido aceita inclusive apoiar o Bolsonaro", disse Maia em entrevista ao jornal Valor Econômico. E completou: "O DEM decidiu majoritariamente por um caminho, voltando a ser de direita ou extrema-direita, que é ser um aliado de Bolsonaro."

Ainda após as eleições da Câmara, Maia teceu duras críticas ao presidente do DEM e ex-prefeito de Salvador (BA), Antônio Carlos Magalhães Neto, mais conhecido como ACM Neto. Por Arthur Lira (PP-AL), ter sido eleito presidente da Casa, Maia disse que ACM Neto entregou “nossa cabeça numa bandeja para o Palácio do Planalto”. A crítica veio em resposta a falta de apoio por parte do presidente do DEM ao candidato oposicionista Baleia Rossi (MDB-SP) para a presidência da Câmara.

De acordo com Maia, ele vai fazer o pedido de desfiliação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e se disse contrário ao governo Bolsonaro. "Vou pedir minha saída no TSE (...). Hoje posso dizer que sou oposição ao presidente Bolsonaro. Quando era presidente da Câmara, não podia dizer. Mas agora quero um partido que eu possa dormir tranquilo de que não apoiará [o presidente]. (...) Não quero participar de um projeto que respalda todos os atos antidemocráticos."

Para Maia, além das questões envolvendo as eleições da Câmara, as decisões dos líderes do DEM estão transformando a sigla em "um partido sem posição". Ele menciona uma entrevista em que o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, diz que pode ir "do Bolsonaro ao Ciro Gomes" - e sem projeto de país.l "Deste partido eu não tenho mais como participar porque não acredito que esse governo tenha um projeto, primeiro, democrático, e, segundo, de país".

O ex-presidente da Câmara ainda afirma que, com a aproximação cada vez maior do DEM com Bolsonaro, ele não "descarta a hipótese de Bolsonaro acabar filiado ao DEM".

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