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Dominghetti: pedido de propina no valor de US$ 1 por dose da vacina

Representante da Davati Medical Supply, Luiz Paulo Dominghetti iniciou sua fala na CPI da Covid dizendo que tinha o consentimento da empresa para negociar com o Ministério da Saúde. Ele afirmou que atuava como representante no Brasil da Davati com eventuais clientes públicos ou privados. Segundo ele, só na pasta esteve três vezes para negociar a compra, pelo governo, de vacinas.

Policial militar de formação, Dominghetti contou que chegou ao Ministério por meio de um coronel, Marcelo Blanco, que teria trabalhado na pasta e o apresentou ao ex-diretor Roberto Dias, exonerado após denúncia publicada pelo jornal Folha de S.Paulo de que ele cobrou propina para comprar as vacinas da Oxford Astrazeneca.

Segundo Dominghetti, o encontro com Dias ocorreu em 25 de fevereiro em um restaurante de Brasília (Vasto). No local estavam também o coronel Blanco e uma outra pessoa, que fazia anotações. "Não me recordo o nome dele", disse.

"Blanco me apresentou como o parceiro da Davati e ele, Roberto Ferreira Dias (então diretor de logística do Ministério da Saúde), parecia muito interessado na vacina e estava tudo caminhando na normalidade. Conversava-se, tratava-se de outros assuntos no Ministério da Saúde. O pedido da majoração foi exclusivamente do Roberto Ferreira Dias", disse.

O depoente informou que o pedido de propina foi de US$ 1 por dose, com oferta de 400 milhões de doses. Nesta oferta, cada vacina custaria US$ 3,50 a dose. Com a propina, passaria a US$ 4,50.

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