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Caiado começa pré-campanha à reeleição com forte base política

O governador Ronaldo Caiado (União Brasil) dá o ponta-a-pé inicial de sua pré-campanha à reeleição, a partir deste mês, no cumprimento de uma agenda política de contatos com presidentes de 15 partidos, prefeitos, senadores e deputados federais e estaduais, além de segmentos da sociedade civil.

Paralelamente, Caiado segue com a programação de visita aos 246 municípios para a inauguração de obras e execução de programas sociais previstos no seu plano de governo aprovado na campanha eleitoral de 2018.

O governador começa a pré-campanha para novo mandato em uma situação tranquila: lidera a corrida com folga, segundo pesquisa divulgada semana passada pelo Instituto Serpes, conta com o respaldo de 210 dos 246 prefeitos goianos e o engajamento da maioria dos senadores, deputados federais e estaduais goianos.

Até 2 de abril, Caiado se esforça para formatar a chapa para a Câmara Federal e Assembleia Legislativa em conversas com os dirigentes dos partidos que estarão ao seu lado nas eleições de 2 de outubro. A chapa majoritária está formatada: além de Caiado para governador, Daniel Vilela (presidente estadual do MDB) será o candidato a vice-governador. O concorrente ao Senado será escolhido até junho, antes das convenções partidárias, dentre uma lista de sete nomes da base aliada.

Ronaldo Caiado (União Brasil) começa o ano eleitoral com maior aliança de partidos para a sua caminhada rumo à reeleição ao pleito de 2 de outubro. A sólida base partidária foi construída já em 2018, quando o democrata se elegeu governador já no primeiro turno, com 12 partidos em seu palanque de campanha. Em 2018, Ronaldo Caiado contou com o apoio dos seguintes partidos: DEM, PRP, PROS, PMN, PMB, PSC, DC, PSL, PODE, PTC, PRTB e PDT.

Nesses três anos de ocupação do poder, Ronaldo Caiado atraiu o Solidariedade do ex-deputado federal Armando e de seu filho, deputado federal Lucas Vergílio e o Progressistas do ex-ministro Alexandre Baldy.

Com a criação do União Brasil, Caiado conta também com o respaldo do PSL, partido que se fundiu ao DEM. O PSL é presidido no estado pelo deputado federal Delegado Waldir.

O governador tem apoio do senador Vanderlan Cardoso de 13 dos deputados federais e de 31 dos 41 deputados estaduais. “É um forte exército de prefeitos e parlamentares para a campanha à reeleição de Caiado”, comemora o presidente da Assembleia Legislativa, Lissauar Vieira (PSB).

Bem posicionado
Além de liderar a pesquisa para a sucessão estadual, com 37,1% de intenções de votos, segundo a estimulada do Instituto Serpes, com o segundo colocado bem atrás, Ronaldo Caiado comemora também elevados índices de aprovação de seu governo. O mesmo Serpes mostra a gestão Caiado com 38,8% de avaliação positiva junto ao eleitorado goiano, 32,3% consideram boa e 6,5% ótima, 41,8% regular.

Gean Carvalho, novo secretário de Comunicação de Goiás, afirmou que, após superar a crise fiscal e financeira e de vivenciar um período de dificuldades com a pandemia de Covid-19, o governo Ronaldo Caiado conseguiu “dar a volta por cima”, com a execução do plano de obras em todas as áreas, como saúde, educação, segurança pública, infraestrutura, água tratada, moradia, meio ambiente e cultura. “Os resultados estão aí. Inúmeras obras viárias, regionalização da Saúde, programas sociais”

Gean Carvalho ressaltou que cabe à Comunicação as campanhas de orientação de utilidade pública e mostrar o que está sendo feito com os recursos públicos. Ele assumiu a Secom com a missão de dar continuidade ao trabalho eficiente desenvolvido pelo seu antecessor, jornalista Tony Carlo.

PL e Podemos sofrem debandada com a chegada de Mendanha

Jamais uma pré-candidatura ao governo de Goiás causou tanta repulsa nas legendas como a aliança entre Magda Mofatto (PL) e Gustavo Mendanha, prefeito de Aparecida de Goiânia, que também comanda de forma remota o Podemos goiano.

O Podemos terá uma debandada de 14 prefeitos e do deputado federal José Nelto nos próximos dias. O grupo não pretende ficar na legenda com os aparecidenses prepostos de Gustavo Mendanha.

A mesma reação começou com o PL, controlado por Mofatto. A sigla já começou a ter desertores em vários municípios. No Entorno do Distrito Federal, região estratégica para a disputa estadual, existe um levante. Os vereadores Alceu Gomes e Zequinha, de Valparaíso de Goiás, por exemplo, já afirmaram que seguem com o governador Ronaldo Caiado e não com o grupo de Mofatto.

Os dois legisladores caminham com Pábio Mossoró, que devolverá ao governador o apoio que teve nas eleições municipais. Mossoró derrotou a deputada estadual Lêda Borges (PSDB), reduzindo expressivamente a importância política dos tucanos na região. Tanto PL quanto Podemos são irrelevantes no cenário político do Entorno, mas a perda de vereadores já deixa ainda mais frágil o grupo.

Um dos motivos para a repulsa refere-se aos resultados da pesquisa Serpes, divulgados na semana passada. Os números foram um balde de água fria para Mendanha, que – mesmo sem se posicionar se estará em um partido de esquerda ou direita – não conseguiu ameaçar Caiado. Nos grupos liberais a discussão é de que no momento em que ficar clara a opção de Mendanha, seja apoiando Lula ou Jair Bolsonaro, ele perderá votos e pontos nas pesquisas.

Incompatibilidade
Adib Elias, prefeito de Catalão, pediu sua desfiliação do Podemos. A legenda está sob o comando do vice-prefeito de Aparecida de Goiânia, Vilmar Mariano, e deve ficar praticamente vazia para a disputa de outubro. A sigla não tem cenário e perspectiva de filiações heterogêneas, a não ser os políticos de Aparecida de Goiânia submetidos a Mendanha.

O próprio Gustavo Mendanha encontra dificuldades em definir filiação visando a disputa ao governo de Goiás. Ele tem prazo até 2 de abril, mas encontra resistências no PL bolsonarista e até o Podemos poderá fechar as portas para ele caso o partido se alie ao União Brasil e o presidenciável Sergio Moro ingresse nessa nova legenda.

Sem um leque de partidos com influência, principalmente em relação a fundo eleitoral e a tempo na propaganda política de rádio e televisão, Gustavo Mendanha poderá recuar em seu projeto e permanecer no exercício do cargo de prefeito de Aparecida de Goiânia.

Magda Mofatto e Gustavo Mendanha: dificuldades de acertar filiação ao PL

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