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“Estados não sobrevivem sem participação da União”

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O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), ressaltou, nesta quinta-feira (23), a importância do diálogo com o novo governo Lula, afirmando que estados não sobrevivem sem a participação da União. O governador ainda acrescentou ser importante uma "convivência pacífica e respeitosa" e disse que governar com todos os entes federados, independente se são aliados ou opositores, é a "maneira republicana de se governar".

Caiado é ex-aliado de primeira hora de Jair Bolsonaro. A relação entre os dois estremeceu, no entanto, durante a pandemia de covid-19. Médico de formação, Caiado rechaçou medidas negacionistas de Bolsonaro e adotou o isolamento social como forma de evitar a disseminação do vírus. Desde antes, Caiado e Bolsonaro mantiveram certa distância política.

Nas eleições de 2022, por exemplo, o governador de Goiás permaneceu independente no primeiro turno e só declarou apoio a Bolsonaro na segunda etapa do pleito. "É extremamente importante essa convivência pacífica e respeitosa ao resultado das urnas. Não teria outra maneira de responder que não seja essa. Eu quando governador de Goiás tive o apoio de 14 prefeitos e governei com 246. Nunca discriminei alguém por não ter tido apoio dele. Então essa é a maneira republicana de se governar. É lógico que estado não sobrevive sem que haja essa participação conjunta com o governo federal, tanto é prova disso que estamos aqui", disse à imprensa.

Caiado foi questionado por jornalistas sobre sua visão sobre a relação do governo federal com os governadores, incluindo os de oposição, nesse início de gestão. "É extremamente importante essa convivência pacífica e respeitosa ao resultado das urnas. Não teria outra maneira de responder que não seja essa. Eu, quando governador de Goiás, tive o apoio de 14 prefeitos e governei com 246. Nunca discriminei alguém por não ter tido apoio dele. Então essa é a maneira republicana de se governar", afirmou o governador, ao ser questionado por jornalistas sobre a relação com o governo Lula.

"É lógico que estado não sobrevive sem que haja essa participação conjunta com o governo federal, tanto é prova disso que estamos aqui hoje para tratar de um assunto de extrema relevância, que é o transporte coletivo na região do Distrito Federal e do entorno", completou.

Caiado manteve uma relação de proximidade com o presidente Bolsonaro, embora houvesse momentos de estremecimento. Os dois chegaram a romper durante a pandemia da Covid-19 por discordarem das ações para evitar a transmissão do vírus.

O auge da crise entre os dois aconteceu com a entrevista do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta na qual contrariava as posições de Bolsonaro, que foi concedida na sede do governo de Goiás.

O presidente e o governador de Goiás voltaram a se reaproximar, principalmente com as eleições de outubro. Após o primeiro turno, Caiado foi ao Palácio do Alvorada para anunciar seu apoio ao mandatário na segunda rodada de votação, contra Luiz Inácio Lula da Silva.

Caiado também esteve na mesma residência oficial dias depois, em evento de Bolsonaro com artistas sertanejos que o apoiavam na eleição.

Elogios a Lula

O governador reeleito, no entanto, começou a dar declarações positivas sobre o novo governo nos últimos meses. Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, afirmou que era "digna de aplauso" a iniciativa do petista de promover uma reunião com todos os 27 governadores.

"Em menos de 30 dias, Lula marca uma reunião com todos os 27 governadores, dizendo que a postura vai ser de abertura, que nenhuma decisão será tomada sem a participação dos governadores, que faz questão de estar presente nos estados até se convidando para ir nos palácios. É uma iniciativa digna de aplauso", afirmou.

Fim da pobreza

Ao levar os projetos prioritários de Goiás para o governo federal, durante reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com os 27 governadores e governadoras, em 27 de janeiro último, no Palácio do Planalto, em Brasília, o governador Ronaldo Caiado avançou na pauta ao defender a união de todos os entes federativos na missão de romper o ciclo da pobreza no Brasil. “Olha só o nosso progresso na área social, o quanto Goiás já produziu de resultados. Somos capazes de apresentar ao Brasil um projeto para romper o ciclo da pobreza. Goiás hoje está preparado para isso”, ressaltou.

Caiado comentou que o presidente Lula sinalizou durante a reunião para vários projetos do governo federal na área social que poderão ser realizados em parceria com os estados. “Daqui a quatro anos, eu não quero estar comemorando o número de pessoas que estão incluídas em programas sociais, mas sim o número de pessoas que estão saindo dessa necessidade e dando espaço a outras que poderão entrar nessa inclusão. Esse é o motivo do meu segundo mandato”, reforçou o governador.

Goiás envia técnicos de infraestrutura para o litoral norte de São Paulo

O governo de Goiás enviou técnicos da Goinfra (Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes), quarta-feira (22) para o litoral norte de São Paulo. A informação foi confirmada pelo governador Ronaldo Caiado (União Brasil) nesta 5ª feira (23.fev.2023) no Palácio do Planalto.

Os profissionais irão realizar estudos sobre novos riscos de desabamento na região paulista, que foi atingida por fortes chuvas no fim de semana (18.fev a 19.fev). Os técnicos também atuarão na desobstrução das rodovias.

“Eu mandei técnicos especializados para São Paulo em decorrência das inundações que houveram. Os técnicos chegaram lá ontem. Isso mostra a participação nossa de apoio a cada um que vive um momento trágico. São Paulo vive um momento triste também com aquelas inundações todas”, disse.

As fortes chuvas registradas no litoral de São Paulo deixaram mais de 48 mortos. Entre as vítimas estão um bebê de 9 meses e uma menina de 7 anos. O município de São Sebastião é um dos mais atingidos. O governo federal já reconheceu o pedido de estado de emergência.

O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) vai permitir o pagamento do Bolsa Família com flexibilidade aos municípios em estado de calamidade no litoral norte paulista. O pagamento de março será unificado, no dia 20 para todas as famílias dos municípios atingidos. A flexibilização também vale para o calendário de fevereiro.

As famílias que ainda não retiraram o benefício neste mês podem fazê-lo a partir desta terça (21.02). De forma adicional, o Serviço de Proteção em Situações de Calamidades Públicas e de Emergências do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) realiza tarefas de proteção social, com oferta de alojamentos provisórios, atenções e provisões para garantir às pessoas atingidas condições de acolhimento e convívio.

Também foram acertados transporte de alimentos, colchões, lençóis, fraldas e água potável, adquiridos em parceria entre o MDS e a Central Única das Favelas (CUFA).

O Ministério de Portos e Aeroportos coordenou a destinação de R$ 2 milhões da autoridade Portuária de Santos para doação de mantimentos para atender as pessoas afetadas. A pasta também organizou uma coleta de mantimentos, água, produtos de limpeza e outros itens, arrecadando um total de 40 toneladas. Os itens já foram despachados do Porto de Santos, no navio patrulha da Marinha Guajará, para o Porto de São Sebastião. Do Porto, os mantimentos foram levados para os bairros mais críticos: Vila do Sahy, Toque -Toque Pequeno e locais ainda isolados.

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