
A administração de Donald Trump intensificou sua política anti-imigratória resultando na prisão de 956 imigrantes em território norte-americano, conforme divulgado pelo Serviço de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE). Esse é o maior número registrado desde o retorno de Trump ao poder.
Em comparação, o governo de Joe Biden deportava em média 311 imigrantes por dia, principalmente indivíduos com antecedentes criminais, segundo o ICE. As recentes ações incluíram operações coordenadas em cidades como Chicago, Newark e Miami.
Um dos casos que mais gerou polêmica nas redes sociais envolveu uma mulher em processo de obtenção de cidadania, levada por agentes do ICE durante uma operação em Miami. Seu marido declarou à CBS News que a abordagem foi "desprezível" e "embaraçosa".
As detenções também envolveram cidadãos sem documentos, incluindo veteranos militares, como relatado pelo prefeito de Newark, Ras Barka.
Impacto nas relações com a América Latina
As ações do governo Trump provocaram tensões com países latino-americanos. Brasileiros deportados chegaram ao Brasil algemados, causando comoção. Presidentes do México e da Colômbia se recusaram inicialmente a aceitar deportados em condições semelhantes. Após sanções econômicas impostas pelos EUA, a Colômbia voltou atrás e aceitou os deportados.
A escalada da crise levou comunidades de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) a convocar uma reunião emergencial para discutir as implicações das medidas americanas, sob a liderança de Xiomara Castro, de Honduras.
No Brasil, o governo repudiou o uso de algemas e correntes nos deportados e anunciou que o Ministério dos Direitos Humanos está preparando um relatório detalhado sobre as denúncias de maus-tratos.