Podcast
Webstories
Facebook
Twitter
E-mail
Linkedin
Telegram
Ronaldo Caiado durante assinatura do termo de cooperação
com a PRF, em dezembro: integração melhora eficiência
As atuações integradas pelas forças policiais que trabalham em Goiás têm sido elogiadas e incentivadas pelo governador Ronaldo Caiado.
Além da união de propósito e entrosamento acredita o governador, elas comunicam aos criminosos que a persecução será implacável e eficiente. Os bons resultados têm chamado a atenção de gestores públicos de outros estados. Eles querem entender como Goiás tem reduzido seus índices de violência.
O Governo de Goiás cita a recente operação Desmantelo como exemplo desta parceria. Realizada pela Polícia Civil a partir da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos Automotores (DERFRVA), Polícia Científica e Polícia Rodoviária Federal (PRF), a medida resultou na prisão de 20 suspeitos de envolvimento em furto e roubo de veículos.
Como adiantou o Diário da Manhã, na edição de quarta-feira, 24, automóveis roubados fora de Goiás tiveram suas peças encaminhadas para comercialização no setor Vila Canaã, em Goiânia.
Ontem as equipes policiais cumpriram mandados de prisão expedidos pela Justiça. A ação integrada reduz as chances de erros e compartilham conhecimentos e experiências.
Da mesma forma ocorrem parcerias entre Procon, Polícia Militar, Civil, Científica, Penal, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal dispostas a elucidarem crimes e ilícitos administrativos.
“Aqui as forças são preparadas e agem em conjunto. Isso acontece quando há uma política de segurança pública austera e séria. Assim temos o que mais nos interessa: resultado concreto e segurança para nossa população”, salienta Caiado.
No caso da operação contra roubo de carros, que afetava a vida dos paulistas, o governador de Goiás sublinha que a atuação conjunta é uma das primeiras realizadas após assinatura de Termo de Cooperação entre a Secretaria de Segurança Pública de Goiás e a PRF, em dezembro de 2023. Tal medida amplificou o poder das ações e parcerias, que ocorriam em menor escala.
Apreensões
Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), cinco caminhões baú com peças foram apreendidos na operação. Os veículos traziam itens de cerca de 50 veículos furtados e roubados no estado de São Paulo.
Conforme a investigação, eles eram despachados de São Paulo carregados por cerca de R$ 70 mil. Em Goiânia eram vendidos por R$ 80 mil. No entanto, o valor de mercado dos veículos antes do desmanche chegava a R$ 800 mil.
Delegada
O que mais intriga os investigadores são justamente o motivo do roubo ocorrer em São Paulo e não em Goiás, uma vez que, pela logística do crime, seria mais fácil roubar em Goiás e vender aqui mesmo. Ocorre que desde 2019 o roubo de carros em Goiás tem sofrido repressão do sistema de Segurança goiano. Enquanto em São Paulo o combate segue sem efetividade, em Goiás existe um limite mínimo de atuação das quadrilhas. A máxima de Caiado “ou o bandido muda de estado, ou de profissão”, por mais retórica que possa ser, é exatamente o que ocorreu no Estado.
A delegada Rafaela Azzi chefiou a investigação do caso das peças de São Paulo. Para ela, em função da repressão à criminalidade em Goiás, entre 2019 e 2023, a redução do número de furtos e roubos de veículos chegou em torno de 90% em território goiano. Logo, os bandidos migraram para estados como São Paulo.
“Antes nós tínhamos aqui um número alto de furto e roubo. Em função da redução dos crimes, do incremento que foi dado pelo Governo do Estado para a segurança pública, que resultou nessa redução, creio que passaram a comprar esses componentes veiculares de outros estados, especialmente São Paulo”, explica Rafaela Azzi.
