
Entidades representativas da Polícia Civil de São Paulo demonstraram insatisfação com a exclusão de seus representantes do grupo de trabalho que discute a nova Lei Orgânica da corporação. Pelo menos 15 organizações estão planejando um ato público para a primeira quinzena de fevereiro em protesto contra a situação.
A controvérsia aumentou após a nomeação de Paulo Maculevicius Ferreira, coronel da reserva da Polícia Militar, para liderar as discussões. Apesar das críticas, ele foi substituído por Fraide Sale, coronel da reserva do Exército, mantendo o grupo sem a inclusão de representantes da Polícia Civil.
O movimento Resiste Polícia Civil, formado por sindicatos de diversas carreiras da corporação, enviou um ofício ao governador Tarcísio de Freitas no último dia 24 de janeiro. O documento apresenta 18 pontos que deveriam ser incluídos na nova lei e solicita a participação efetiva das entidades no grupo de trabalho.
Segundo André Santos Pereira, presidente do fórum Resiste Polícia Civil, há preocupação de que o grupo apresente um texto finalizado da Lei Orgânica sem a contribuição das entidades de classe, limitando o processo à mera validação.
As entidades afirmam que a exclusão compromete a formulação de políticas públicas voltadas à valorização dos profissionais da Polícia Civil e reivindicam uma participação democrática no desenvolvimento da Lei Orgânica estadual.