PF indicia Roberto Jefferson por 4 tentativas de homicídio
Redação
Publicado em 25 de outubro de 2022 às 15:36 | Atualizado há 3 anos
A
Polícia Federal indiciou o ex-deputado Roberto Jefferson por quatro tentativas
de homicídio após o ex-presidente do PTB atirar e jogar granadas contra agentes
que compareceram a sua casa, em Levy Gasparian, no interior do Rio, para
cumprir ordem de prisão preventiva contra o político neste domingo, 23. As
imputações correspondem não só aos policiais que ficaram feridos durante a
diligência – a agente Karina Miranda e o delegado da PF Marcelo Vilela – mas
também a dois agentes que estavam em uma viatura, mas não foram atingidos.
]A
ordem que mandou Jefferson de volta à prisão foi assinada pelo ministro
Alexandre de Moraes na noite de sábado, 22, em razão do descumprimento
reiterado de medidas cautelares. O ex-deputado cumpria prisão domiciliar desde
janeiro, possibilidade condicionada ao respeito a uma série de determinações,
como a proibição de uso de redes sociais.
Depois
de resistir à prisão por horas, Jefferson foi capturado no início da noite
deste domingo, 23, por volta das 19h. Ele está detido no presídio José
Frederico Marques, em Benfica, na zona norte do Rio. Na tarde desta
segunda-feira o ex-deputado será submetido a uma audiência de custódia, durante
a qual um juiz vai decidir se mantém a sua prisão.
Após
a resistência de Jefferson e a ofensiva do ex-parlamentar contra a PF, o
ministro Alexandre de Moraes determinou que a Polícia Federal cumprisse a ordem
de prisão preventiva por ele expedida e/ou prendesse o político em flagrante
delito. Segundo o magistrado, a conduta de Jefferson, ao atirar nos agentes
policiais, pode configurar, em tese, tentativa de duplo homicídio.
No dia 21 deste mês, ele xingou a ministra
Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), por suposta censura prévia à
Jovem Pan.
Redes
sociais
O ataque do ex-deputado Roberto Jefferson com
granadas e tiros de fuzil contra agentes da Polícia Federal teve forte
repercussão nas redes sociais e dividiu apoiadores do presidente Jair
Bolsonaro (PL). Enquanto parte dos usuários condenou a violência, outra
aplaudiu o fato de o ex-parlamentar resistir ao mandado de prisão expedido pelo
ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O Monitor de Redes Sociais do Estadão coletou
mais de 1,28 milhão de menções ao caso Roberto Jefferson desde o início da
tarde de domingo, 23 de outubro, até as 10h desta segunda-feira, 24. Cerca de
60% dos posts são negativos, segundo classificação automática da plataforma
criada em parceria com a empresa Torabit; positivos e neutros somam 20% cada.