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Solidariedade cresce em Goiás e conquista quatro deputados

O partido, presidido nacionalmente por Paulinho da Força, supera o PP, PDT, PSDB, PL e o PT em número de representantes na Assembleia Legislativa

O governador Ronaldo Caiado destacou a importância das parcerias durante evento de filiação do secretário de Infraestrutura de Goiânia (Seinfra), Denes Pereira, que assumiu a presidência estadual do partido, e mais quatro deputados estaduais, entre eles o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa, Wagner Neto. Presidente nacional do SD, Paulinho da Força, esteve presente ao ato.

“Só obtivemos resultados positivos em Goiás porque nós tivemos parceria. É fundamental para o nosso governo ter o apoio do Solidariedade. Quero me colocar a disposição sempre do partido”, disse o governador Ronaldo Caiado durante o evento.

Denes Pereira, assume a presidência estadual do Solidariedade após ter participação importante na eleição de quatro deputados para a Assembleia Legislativa, mesmo com a sigla não contando com tempo de TV ou participação no fundo partidário.

“Nós acreditamos na política do bem, de ajudar as pessoas. Por isso nós juntamos a força de três partidos (PRTB, PROS e Solidariedade) para ter uma representação ainda maior para lutar pelos interesses do nosso Estado”, disse Denes, que levou cerca de 95% do PRTB, onde era filiado, para o Solidariedade, que agora saltou de um deputado estadual para cinco representantes.

Seguiram para o Solidariedade os deputados estaduais Coronel Adailton, Júlio Pina, Zeli Fritsche, Cristiano Galindo e o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Wagner Neto.

O presidente nacional do Solidariedade, Paulinho da Força, relembrou sua trajetória e afirmou que a política é o único caminho para o desenvolvimento do país. “Vamos trabalhar com esse espírito de fazer o partido crescer em Goiás para defender o interesse dos que mais precisam em todo o Brasil”, afirmou.

O prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, ressaltou a capacidade de trabalho de Denes, que acumula duas pastas no município, a Seinfra e a Secretaria de Administração. “Isso mostra a força e a capacidade de trabalho de Denes”, afirmou.

A filiação do deputado estadual Wagner Neto concede ainda mais força ao Solidariedade, uma vez que ele preside a CCJ, comissão mais importante da Casa. Com cinco representantes na Assembleia, a sigla se torna a terceira maior bancada do legislativo estadual.

“O Solidariedade veio para fazer diferença. É um partido que veio para fazer diferença no que diz a respeito a número de vereadores e prefeitos em 2024. Chegamos com muito entusiasmo e vontade para trabalhar”, disse Wagner Neto, completando que o partido busca construir o caminho para indicar um nome para compor a chapa majoritária nas eleições de 2026.

O PRTB, em 2022, com escassa estrutura, elegeu quatro deputados estaduais: Coronel Adailton, Júlio Pina, Wagner Neto (o mais votado do partido, com 32.543 votos) e Zeli Fritsche. Ou seja, o partido mostrou força. Graças à sua habilidade política, Denes Pereira soube organizar uma máquina político-eleitoral das mais azeitadas — daí a eleição de quatro parlamentares. Diga-se que mesmo alguns que perderam foram muito bem votados, caso de Givago Valadares, de Porangatu.

Com a migração dos deputados estaduais do PRTB para o Solidariedade — do qual Denes Pereira assume a presidência estadual —, nasce, portanto, um superpartido em Goiás. O Solidariedade, que elegeu Cristiano Galinho, passa a contar agora com cinco deputados estaduais, quer dizer, passa a ter uma influência gigante na Assembleia Legislativa. Wagner Neto, por sinal, é o presidente da mais prestigiosa comissão da Alego — a de Comissão e Justiça (CCJ).

O partido conta com dois secretários importantes — Lucas Vergilio (secretário de Governo da gestão de Ronaldo Caiado) e Denes Pereira (secretário de Infraestrutura Urbana da Prefeitura de Goiânia). Noutras palavras, o Solidariedade se tornou um superpartido, equivalente ao União Brasil e ao MDB e superior ao PP, PDT, PT, PSDB e PL (três deputados).

Os parlamentares podem trocar de legenda porque o PRTB não atingiu a cláusula de barreira na eleição de 2022. Com as quatro novas filiações, o Solidariedade terá a terceira maior bancada da Assembleia Legislativa, com cinco deputados (Cristiano Galindo foi eleito pelo partido). As duas maiores bancadas da Casa são do MDB e do União Brasil, com sete e seis parlamentares, respectivamente.

Mudanças

Denes Pereira argumenta que o resultado eleitoral do PRTB em Goiás, com a eleição de quatro deputados mesmo se tratando de um partido pequeno, chamou atenção de outras legendas. O futuro dirigente relata que recebeu convites de três partidos e decidiu, em diálogo com os parlamentares e suplentes, migrar para o Solidariedade. De acordo com Denes, 95% do PRTB se filiará ao seu novo partido.

O movimento das lideranças em Goiás ocorre semanas após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovar a fusão entre Pros e Solidariedade, cenário que aumenta a musculatura do partido para a eleição de 2024. Segundo Denes, o objetivo da legenda é lançar mais de 100 candidatos a prefeito em Goiás.

Denes afirma que a definição de seu nome para o comando do partido ocorreu em diálogo que envolveu Lucas e Armando Vergílio (que estão à frente do partido no estado), o presidente nacional, Paulinho da Força, e Eurípedes Junior, que esteve no comando do Pros. Além disso, diz ele, Cruz e Caiado também participaram das tratativas. “Isso fizemos também a quatro mãos com o governador Ronaldo Caiado e também com o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz. O governador participou de toda essa articulação, foi feito ao lado do governador, para deixar bem claro que nós fomos da base de eleição, na reeleição e continuamos ao lado do governador”, disse Denes. O secretário citou que Wagner Neto é presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia, uma das mais importantes da Casa.

Lucas Vergílio, secretário estadual de Relações Institucionais e destacou a capacidade de Denes Pereira para organizar um partido e a caraterística de “amigo leal” como fatores que contribuíram para o convite. “Quando o Solidariedade não cumpriu a cláusula de barreira e com a incorporação do Pros vimos uma boa oportunidade de juntar as forças políticas dos três partidos em Goiás”, afirmou.

A mudança de quadros do PRTB para o Solidariedade, somada à incorporação do Pros, significa, na visão de Lucas, crescimento político para o partido, com deputados e lideranças em diferentes regiões do estado e fortalecimento da legenda para a eleição de 2024.

TSE aprova fusão entre Solidariedade e Pros

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aceitou, terça-feira (14), o pedido de fusão entre o Partido Republicano da Ordem Social (Pros) e o Solidariedade. Ainda negou, por unanimidade, o pedido de desistência da fusão realizado pelo novo presidente do Pros, Marcus Holanda. À CNN, Holanda disse que vai recorrer da decisão.

O tribunal ainda determinou que a decisão seja comunicada imediatamente para ao Senado Federal, à Câmara dos Deputados, aos demais órgãos da Justiça Eleitoral e ao cartório competente de Registro Civil das Pessoas Jurídicas.

Atualmente, Solidariedade conta com quatro deputados federais e o Pros com três. Ambos os partidos não conseguiram atingir a cláusula de barreira, sem alcançar esta clausula os partidos ficam sem acesso ao fundo partidário e sem o direito de veicular propaganda gratuita em rádio e TV durante as campanhas eleitorais.

Segundo a Lei dos Partidos Políticos, “é livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos cujos programas respeitem a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo e os direitos fundamentais da pessoa humana”.

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) determinou uma nova troca no comando do Partido Republicano da Ordem Social (Pros), retirando do cargo o atual presidente, Eurípedes Júnior, e colocando na posição o perito aposentado da Polícia Civil Marcus Holanda.

O partido integra a base de apoio ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e está em processo avançado de incorporação junto ao Solidariedade, legenda ligada à Força Sindical. A disputa judicial pelo comando do Pros vem desde o ano passado e já passou por várias instâncias da Justiça, chegando até ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Os partidos anunciaram a união em outubro de 2022, de acordo com nota conjunta do Pros e Solidariedade publicada na época, a ideia é a construção de um projeto “democrático que vislumbra, como instrumento político, melhorar a vida das pessoas”.

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