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Maristela Temer, uma das filhas do presidente Michel Temer, prestou depoimento à Polícia Federal nesta quinta-feira (03/05) e negou que recebeu ajuda do pai para pagar uma reforma de sua casa, em 2014. A PF quer saber a origem do dinheiro usado na obra. A investigação faz parte do inquérito que apura se empresas do setor portuário pagaram propina em troca de um decreto presidencial.
A PF tenta montar um ‘quebra-cabeça’, que começou em 2017, após delatores da JBS afirmarem que entregaram R$ 1 milhão de propina para um amigo de longa data do presidente Temer, o coronel João Batista Lima. Segundo o G1, a partir daí, a suspeita dos investigadores é que o dinheiro tenha sido usado para pagar a reforma da casa de Maristela Temer.
O arquiteto Carlos Roberto Pinto foi ouvido pela Polícia Federal na quarta-feira (02/05). Durante uma entrevista ao Jornal Nacional em junho do ano passado ele afirmou que foi contratado pela arquiteta Maria Rita Fratezi, esposa do coronel João Batista Lima, para cuidar da obra.
Segundo o G1, durante o depoimento, que durou quatro horas e ocorreu em uma sala da PF no aeroporto de congonhas, Maristela afirmou que pagou a obra com dinheiro que ganha como psicóloga, com um empréstimo que pegou com a mãe no valor de R$ 100 mil e com mais dois empréstimos que ela mesma fez com o banco. Ela justificou o fato de não ter os comprovantes dos pagamentos afirmando que a reforma foi feita há quatro anos.
O presidente estava em um evento em Ribeirão Preto ontem quando jornalistas perguntaram se o depoimento da filha o preocupava, Temer respondeu com ironia, “Registre o meu sorriso”.
(Foto: Divulgação)
