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POLÍTICA

Eleitor ainda pode mudar o voto

As eleições de 2018 têm como principal marca a indefinição. Analisando a intenção de voto de cada candidato, a pesquisa Grupom/Diário da Ma­nhã observa que a maioria dos elei­tores ainda pode rever a sua opção de voto. O candidato com maior firmeza de voto é o líder da pes­quisa, Ronaldo Caiado (DEM), que segue à frente com 38,2%, porém, 73,9% dos seus eleitores admitem que podem mudar o voto até o dia das eleições. O governador José Eli­ton (PSDB), com 11,7% tem 84,2% de eleitores que podem reavaliar o voto na sua candidatura; o depu­tado federal Daniel Vilela (MDB), que está com 10%, tem 75,6% de eleitores nesta mesma situação, e a professora Kátia Maria (PT), com 5,1%, tem 86,4% de possibilidade de mudança de voto.

Ronaldo Caiado, portanto, lidera na firmeza de votos, com 26,1%; se­guido por Daniel Vilela, com 25,4%. José Eliton contabiliza 15,8% de vo­tos firmes e Kátia, 13,6%. Os ho­mens estão mais fieis à sua op­ção de voto do que as mulheres. O Grupom ouviu 861 pessoas em 41 municípios entre os dias 16 e 19 de agosto. A pesquisa foi registrada sob Protocolo nº–GO-04247/2018 e BR-07469/2018–16/08/2018.

HOMENS E MULHERES

No eleitorado masculino, Ronal­do Caiado tem 29,7% de firmeza de voto e outros 70,3% que podem mu­dar. Daniel Vilela recebe 25,6% de voto firme e 74,4% de possibilida­de de mudança; José Eliton varia en­tre 19,6% e 80,4% e Kátia Maria tem 17,4% e 82,6%, respectivamente.

Entre as mulheres, Daniel está melhor posicionado, com 23,4% de voto firme e 76,6% de possibi­lidade de mudança. Caiado oscila entre 22,3% e 77,7%; José Eliton de 12% a 88% e Kátia de 9,5% a 90,5%.

INDECISÃO

Do total de indecisos (58,2%), votos brancos/nulos (14,3%), na espontânea (62,5%), as mulheres são maioria (79,7%) em relação aos homens (64,7%).

CHAPA

Esta necessidade de falar melhor com o público feminino foi senti­da pelos candidatos à presidência. A maioria daqueles que realmen­te disputam a eleição tem mulhe­res na vice, como o caso da deputa­da Manuela D´Avila (PC do B-RS), vice de Lula (PT-SP), a senadora Ana Amelia (PP-RS), vice de Alck­min (PSDB-SP); a senadora Kátia Abreu (PDT-TO), vice de Ciro Go­mes (PDT-CE). Em Goiás as chapas de Ronaldo Caiado e Daniel Vilela não têm quase nenhuma represen­tação feminina, a excessão é a ve­readora de Anápolis, Thais Sousa (PSL), primeira suplente do sena­dor Wilder Morais (DEM). Em con­traste, a chapa de José Eliton, com a ex-secretária de Educação Raquel Teixeira (PSDB) na vice, a senadora Lúcia Vânia (PSB), candidata à ree­leição e a primeira-dama de Águas Lindas, Aleandra Sousa (PTB), pri­meira suplente de Marconi.

As chapas dos partidos à es­querda no processo político tam­bém privilegiaram as mulheres, como o PT com Kátia Maria, can­didata ao governo; Geli Sanches (PT) ao senado e Raquel Valada­res (PC do B) na primeira suplên­cia. O PCB tem Bruna Venceslau, candidata a vice-governadora e Magda Borges, ao senado; no PSOl a vice é a líder camponesa Eronilda, a Nildinha e no PCO, a sindalista Alda Lúcia é a candida­ta a governadora.

Os números apontam a lide­rança do senador Ronaldo Caia­do (DEM) com 38,2%, mas há em­pate técnico, na margem de erro de 3,34 para mais ou para menos, entre os outros quatro melhores colocados: José Eliton (PSDB), que tem 11,7%, mas pode estar com 15,04 ou 8,36; Daniel Vilela (MDB) tem 10%, mas pode variar de 13,34 a 6,66 e Kátia Maria (PT), com 5,1%, oscila de 8,44 a 1,76%. A firmeza ou o avanço nos votos vai depender de como candidatos, coordenação política e marketing vão intepretar a indecisão do elei­tor, principalmente das mulheres.

Esta variação dos votos masculino e feminino também é medida através de outras variáveis, como, por exemplo, o interesse nas eleições. Os homens são mais interessados (39,5%) do que as mulheres (31,1%)

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