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POLÍTICA

Marconi Perillo permanece preso

O ex-governador Marconi Pe­rillo foi preso ontem à tar­de, na sala de um delegado da Polícia Federal. Envolvido na assim chamada “operação cash delivery”, sendo acusado de ter re­cebido propina de uma famosa empreiteira, o ex-governador com­pareceu voluntariamente na tarde de ontem à Polícia Federal acom­panhado de seu advogado, quan­do, a entrar na sala do delegado, foi surpreendido com voz de prisão.

Na mesa do delegado posava um decreto de prisão preventi­va assinado por um juiz federal. Marconi, mesmo assim, resolveu responder às perguntas da au­toridade policial. Seu advogado, Antônio Carlos de Almeida Cas­tro, emitiu uma nota protestan­do contra a prisão.

Um grande número de jorna­listas esperava à porta do prédio da Polícia Federal a saída de Mar­coni. Muitos especulavam se ele sairia pela frente ou se sairia pela garagem, em carro de vidros escu­ros. Foi uma surpresa para todos a prisão do ex-governador.

Logo após a prisão de Marconi, o advogado de Marconi impetrou Ha­beas Corpus junto ao 1° TRF. Até o fechamento desta edição, 21 horas, ainda não havia uma decisão sobre a prisão do ex-governador.

Rapidamente a notícia se es­palhou, através das redes sociais. Uma turba logo se formou à porta da Superintendência da PF, para celebrar o fato. Eleitores de Bolso­naro se mostravam eufóricos com a prisão de Marconi, referindo-se a ele com palavras insultuosas.

Quem mais celebrou o fato, em delírio, foi o deputado estadual Major Araújo. O deputado subiu em um carro de som e começou a fazer discursos de congratula­ção com as autoridades. Vibran­do intensamente de emoção, ele chegou a mandar tocar várias ve­zes o Hino Nacional, e disse que a data de ontem deveria ser feriado.

O governador José Eliton não quis se manifestar sobre a prisão de seu companheiro de chapa e seu protetor político. O chefe de gabinete de comunicação do Go­verno de Goiás, jornalista Carlos Reche, declarou que o governador só vai se manifestar depois de con­cluída a “parte jurídica” do caso.

NOTA OFICIAL DA DEFESA

“A Defesa de Marconi Perillo, perplexa, vem registrar a completa indignação com o decreto de prisão na data de hoje. O Tribunal Regional da Primeira Região ja concedeu 2 liminares para determinar a liberdade de duas outras pessoas presas nessa mesma operação, através de decisões de 2 ilustres Desembargadores. O novo decreto de prisão é praticamente um “copia e cola” de outra decisão de prisão já revogada por determinação do TRF 1.

Não há absolutamente nenhum fato novo que justifique o decreto do ex Governador Marconi Perillo, principalmente pelas mencionadas decisões anteriores que já afastaram a necessidade de prisão neste momento. Na visão da defesa, esta nova prisão constitui uma forma de descumprimento indireto dos fundamentos das decisões de liberdade concedidas a outros investigados.

A Defesa acredita no Poder Judiciário e reitera que uma prisão por fatos supostamente ocorridos em 2010 e 2014, na palavra isolada dos delatores, afronta pacífica jurisprudência do Supremo, que não admite prisão por fatos que não tenham comtemporaneidade.

Marconi Perillo recebeu o decreto de prisão quando estava iniciando o seu depoimento no departamento de Polícia Federal e optou por manter o depoimento por ser o principal interessado no esclarecimento dos fatos” .

Antônio Carlos Castro, o Kakay, advogado de defesa

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