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POLÍTICA

Renato Feder é indicado por Bolsonaro como possível ministro da Educação

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sugeriu o nome do secretário de Educação do Paraná e ex-executivo Renato Feder para assumir o Ministério da Educação. A informação foi confirmada por fontes ao Estadão.

Bolsonaro já tinha se reunido com Feder antes da escolha de Carlos Alberto Decotelli, que pediu demissão depois de denúncias de irregularidades em seu currículo.

O anúncio pode ser feito ainda nesta sexta-feira, já que Feder está viajando para Brasília. O presidente tinha preferido Feder, segundo fontes, por sua relação com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB). O empresário doou R$ 120 mil à campanha do tucano para prefeito.

Currículo

O paulistano Renato Feder é formado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e mestre em Economia pela Universidade de São Paulo (USP). O secretário, era proprietário da Multilaser, empresa da área de tecnologia, e não tem ligação com a ala militar e ideológica do atual governo.

Em 2019 foi indicado por Ratinho Junior (PSD) para o cargo de secretário de Educação do Paraná. O Estado se destacou pela eficiência e rapidez na criação de um sistema de educação a distância, com aulas online.

Antes, em 2017, Feder pediu um cargo de assistente na secretaria de Educação de São Paulo, na gestão de Geraldo Alckmin. Cargo dado pelo secretário na época, José Renato Nalini, que se impressionou com o discurso de Feder, de trabalhar pelo ensino público.

A intenção era a de que Feder aproximasse a rede estadual de empresários e ONGs que pudessem ajudar em projetos. Mas o trabalho não foi bem sucedido e Feder acabou deixando a secretaria.

MEC

Em 2007, Feder escreveu um livro em que defendeu a extinção do MEC e a privatização da rede de ensino no Brasil. Mas, em entrevista ao Estadão ele disse não acreditar mais nessa visão. “Eu não entendia nada de educação e hoje conheço melhor”.

Contudo, fontes afirmam que ele pode vir a ter problemas no MEC com os membros ligados a Olavo de Carvalho. Existe também uma resistência contra a colaboração de fundações e institutos, com os quais Feder tem boa relação.

A atual secretária da Educação Básica, Ilona Becskehazy, publicou recentemente em suas redes sociais que “ONGs são empresas”, com interesses privados e não vão entrar no MEC.

*Com informações do UOL

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