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POLÍTICA

Bolsonaro discursa sobre questões ambientais na Assembleia Geral da ONU

Na manhã desta terça-feira (22/9), o presidente Jair Bolsonaro iniciou, como de costume desde 1947, o debate geral na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) com seu discurso pré-gravado. Entre as diversas pautas abordadas durante a sua fala, Bolsonaro discursa sobre a questão ambiental, assunto que tem recebido críticas internacionais à política ecossistêmica no Brasil, com aumento nos registros de queimadas na Amazônia e no Pantanal.

Bolsonaro disse que o Brasil tem a "melhor legislação" sobre o meio ambiente em todo o mundo e que o país respeita as regras de preservação da natureza. O presidente alega que o Brasil é "vítima" de uma campanha "brutal" de desinformação sobre a Amazônia e o Pantanal.

Para ele, a riqueza da Amazônia motiva as críticas que o país sofre na área ambiental. Bolsonaro disse que entidades brasileiras e "impatrióticas" se unem a instituições internacionais para prejudicar o país.

Segundo Bolsonaro, a floresta amazônica é úmida e por isso o fogo não se alastra pelo interior da mata. Para o presidente, os incêndios ocorrem apenas nas bordas da Amazônia e são realizados por "índios" e "caboclos".

"Nossa floresta é úmida e não permite a propagação do fogo em seu interior. Os incêndios acontecem praticamente, nos mesmos lugares, no entorno leste da Floresta, onde o caboclo e o índio queimam seus roçados em busca de sua sobrevivência, em áreas já desmatadas", continuou

Bolsonaro disse ainda que mantém uma postura de "tolerância zero com o crime ambiental".

Ele repetiu, como têm feito integrantes do governo, que o fato de o Brasil ser uma potência no agronegócio motivam informações distorcidas sobre o meio ambiente no país.

"O Brasil desponta como o maior produtor mundial de alimentos. E, por isso, há tanto interesse em propagar desinformações sobre o nosso meio ambiente", argumentou.

Ademais, o presidente falou sobre o derramamento de óleo que atingiu a costa brasileira no ano de 2019. Ele classificou o acontecimento como "criminoso". De origem venezuelana, o óleo vazado, segundo ele, foi “vendido sem controle”.

No entanto, no mês passado, um ano depois do maior desastre de vazamento de óleo do país, a Marinha do Brasil finalizou a primeira parte das investigações sem apontar culpados e sem revelar a origem exata do derramamento que atingiu o litoral de nove estados do Nordeste e dois do Sudeste, totalizando 130 municípios.

De acordo com apuração, ficou confirmado que o óleo é de origem venezuelana, o que não significa que ele tenha sido lançado por navios ou empresas daquele país.

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