Política

Bolsonaro traz conflitos ao PL goiano para 2022

Redação DM

Publicado em 25 de novembro de 2021 às 13:15 | Atualizado há 4 anos


Jair Bolsonaro e Vitor Hugo: novos “donos” do PL goiano

Com forte componente de direita radical, Vitor Hugo faz o contraponto, no plenário da Câmara Federal ao PT de Lula e demais legendas de esquerda, em defesa de teses nacionalistas, além de privatizações de estatais como Eletrobras e Petrobras.

A partir de agora, o PT goiano vai viver um “calvário” sem precedente, com o bolsonarismo ditando as regras em relação às eleições do ano que vem. Se não aceitar as decisões de Bolsonaro e seus seguidores, a deputada Magda Mofatto e seu grupo terão um caminho: deixar a legenda.

Nas conversas com o presidente Valdemar Costa Neto, Jair Bolsonaro deixou claro que a prioridade de seu grupo político é assegurar a vitória, em 2022, de amplas bancadas para o Senado e a Câmara Federal e que a disputa pelos governos estaduais ficará para segundo plano.

Diante isso, o bolsonarismo vai interferir nas escolhas dos candidatos majoritários e proporcionais nos 27 estados brasileiros, o que certamente, vai provocar a saída do PL de quem não aceitar a nova orientação, principalmente em locais onde há afinidade com os governos do PT e do PSB.



Vitor Hugo: casal Flávio/Magda se precipitaram ao apoiar Mendanha

O deputado federal Major Vitor Hugo (PSL), que irá acompanhar o presidente Jair Bolsonaro na filiação ao PL, afirmou, em entrevista ao portal Diário de Goiás, que o presidente estadual do partido, Flávio Canedo e a deputada federal Magda Mofatto se precipitaram em declarar apoio, com tanto tempo de antecedência, ao prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha, na disputa pelo governo de Goiás. “Para não me antecipar eu acho que essa precipitação talvez a Magda tenha definido isso antes de saber que o PL era uma alternativa do presidente”, pontua.

Sem querer se colocar como pré-candidato ao Governo de Goiás, Vitor Hugo avalia que a decisão final será do presidente Jair Bolsonaro. “Uma decisão dessa não vai ficar restrita ao que o grupo da Magda Mofatto pense em Goiás. Vai passar e eu não tô dizendo que o presidente vá ou não vá acompanhar essa decisão. Isso é bem maior que eu e ela. Estamos falando do destino do Brasil com a componente goiana colaborando”.

De malas prontas para ingressar no PL, Vitor Hugo ressaltou, ao Diário de Goiás, que é necessário esperar o presidente Jair Bolsonaro definir o que ele quer para Goiás. “Se vai ter candidato ao governo, candidato apoiado por ele ao Senado. As chapas para federal e estadual. Tudo isso tem que ser coordenado, mas sempre a partir da tomada de decisão”.

Seja como for, Major Vitor Hugo defende que seu nome estando ou não no páreo ao Palácio das Esmeraldas, o presidente lance um nome que represente a raiz do bolsonarismo. ‘Torço para que ele queira uma via própria porque há um espaço e uma ânsia dos eleitores de direita se verem representados aqui no Estado.”

Talvez haja até a possibilidade de uma decisão mais amadurecida do presidente e do PL e Vitor Hugo ficar no Congresso e assuma a presidência da CCJ na próxima legislatura e aí concorreria a novo mandato de deputado federal em 2022. “Se ele [Bolsonaro] vai querer apoiar que eu fique no parlamento apoiando as pautas dele, até agora, mais experiente, em função de ter passado pela liderança do governo, hoje eu sou o líder do maior partido da Câmara, existe a possibilidade do ano que vem de eu presidir a CCJ que é a principal comissão da Câmara. Existe a possibilidade do presidente falar para eu ficar lá. Estamos num momento de definições. Essa decisão ainda será tomada aqui”.

A deputada Magda Mofatto, em defesa da candidatura de Gustavo Mendanha ao governo de Goiás, cutucou Major Vitor Hugo, dizendo que o parlamentar teria que mostrar ter votos para disputar eleição majoritária antes de apresentar seu nome ao PL: “Vitor Hugo tem que mostrar ter votos”.

Independente das divergências internas, Magda Mofatto se posiciona no Congresso Nacional como integrante do bloco bolsonarista, votando a favor das matérias de interesse do Palácio do Planalto como, por exemplo, a PEC dos Precatórios.

A crise provada pelo presidente Jair Bolsonaro no PL terá que ser contornada com a interferência do presidente nacional da legenda, Valdemar Costa Neto, que tem proximidade política com Flávio Canedo e Magda Mofatto.



O presidente Jair Bolsonaro acertou, de forma definitiva, sua filiação ao Partido Liberal (PL), com ato festivo marcado para a próxima terça-feira (30), em Brasília e, de imediato, provoca uma crise na sigla em Goiás.

De um lado, a deputada federal Magda Mofatto, apesar de bolsonarista, não aceita ingerência no comando e nas decisões do PL de Goiás. O marido dele, Flávio Canedo, ocupa a presidência da executiva estadual. Mofatto também avançou as negociações em apoio à candidatura do prefeito de Aparecida de Goiânia Gustavo Mendanha (sem partido) à sucessão estadual.

De outro, Jair Bolsonaro e seu grupo pensam diferente: querem o major Vitor Hugo, atual deputado federal e bolsonarista-raíz, como candidato ao governo de Goiás, tendo o ministro de Infraestrutura Tarcísio de Freitas como opção ao Senado.

O casal Magda/Canedo não tem força política para enfrentar o bolsonarismo: o PL de Goiás é um partido nanico, pois conta com uma deputada federal, nenhum deputado estadual e apenas 13 dos 246 prefeitos goianos.

O abacaxi do PL goiano terá que ser descascado por Valdemar Costa Neto, manda-chuva do partido. Pelas conversas que o dirigente manteve com Bolsonaro, haverá “carta-branca” do presidente para interferir e impor decisões nos estados, o que complicaria a situação do casal Magda/Canedo em Goiás.

Valdemar Costa Neto “entregou” o PL para o bolsonarismo porque ambiciona conquistar a segunda ou terceira maior bancada no Congresso Nacional (senador e deputado federal) em 2022 e, assim, controlar o caixa do fundo partidário do partido.

Magda Mofatto avançou as conversas com Gustavo Mendanha, de olho na indicação de vice-governador na chapa do ex-emedebista. A parlamentar já teve a primeira decepção com Mendanha: o prefeito de Aparecida de Goiânia rejeitou o convite para se filiar ao PL e pelo qual disputar a sucessão estadual.

Magda Mofatto já abriu uma crise direta com o bolsonarismo, ao dizer que o seu colega deputado federal major Vitor Hugo precisa antes mostrar que tem votos para depois anunciar-se como pré-candidato a governador.

Pelas manifestações de Vitor Hugo nas redes sociais, o bolsonarismo entra no PL para “dar as cartas” e não para ser coadjuvante, ou seja, em português mais claro: Bolsonaro e seus seguidores chegam no partido para impor as candidaturas a governador, vice e senador e definir prioridades para alianças partidárias.

Vitor Hugo tem deixa claro: quer porque quer ser candidato ao governo de Goiás. Baiano de nascimento e formado pela Escola de Agulhas Negras no Rio de Janeiro, o major teve votação pífia para deputado federal, por Goiás, em 2018, mas se elegeu graças ao “voto/legenda”, na rabeira do campeão de votos do PSL, Delegado Waldir Soares.

Ex-líder do Governo Bolsonaro na Câmara Federal, Vitor Hugo tem se destacado como “representante dos municípios goianos”, mas é visto, com frequência, acompanhando prefeitos pela Esplanada dos Ministérios, em Brasília.



Jair Bolsonaro e Vitor Hugo: novos “donos” do PL goiano

Com forte componente de direita radical, Vitor Hugo faz o contraponto, no plenário da Câmara Federal ao PT de Lula e demais legendas de esquerda, em defesa de teses nacionalistas, além de privatizações de estatais como Eletrobras e Petrobras.

A partir de agora, o PT goiano vai viver um “calvário” sem precedente, com o bolsonarismo ditando as regras em relação às eleições do ano que vem. Se não aceitar as decisões de Bolsonaro e seus seguidores, a deputada Magda Mofatto e seu grupo terão um caminho: deixar a legenda.

Nas conversas com o presidente Valdemar Costa Neto, Jair Bolsonaro deixou claro que a prioridade de seu grupo político é assegurar a vitória, em 2022, de amplas bancadas para o Senado e a Câmara Federal e que a disputa pelos governos estaduais ficará para segundo plano.

Diante isso, o bolsonarismo vai interferir nas escolhas dos candidatos majoritários e proporcionais nos 27 estados brasileiros, o que certamente, vai provocar a saída do PL de quem não aceitar a nova orientação, principalmente em locais onde há afinidade com os governos do PT e do PSB.



Vitor Hugo: casal Flávio/Magda se precipitaram ao apoiar Mendanha

O deputado federal Major Vitor Hugo (PSL), que irá acompanhar o presidente Jair Bolsonaro na filiação ao PL, afirmou, em entrevista ao portal Diário de Goiás, que o presidente estadual do partido, Flávio Canedo e a deputada federal Magda Mofatto se precipitaram em declarar apoio, com tanto tempo de antecedência, ao prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha, na disputa pelo governo de Goiás. “Para não me antecipar eu acho que essa precipitação talvez a Magda tenha definido isso antes de saber que o PL era uma alternativa do presidente”, pontua.

Sem querer se colocar como pré-candidato ao Governo de Goiás, Vitor Hugo avalia que a decisão final será do presidente Jair Bolsonaro. “Uma decisão dessa não vai ficar restrita ao que o grupo da Magda Mofatto pense em Goiás. Vai passar e eu não tô dizendo que o presidente vá ou não vá acompanhar essa decisão. Isso é bem maior que eu e ela. Estamos falando do destino do Brasil com a componente goiana colaborando”.

De malas prontas para ingressar no PL, Vitor Hugo ressaltou, ao Diário de Goiás, que é necessário esperar o presidente Jair Bolsonaro definir o que ele quer para Goiás. “Se vai ter candidato ao governo, candidato apoiado por ele ao Senado. As chapas para federal e estadual. Tudo isso tem que ser coordenado, mas sempre a partir da tomada de decisão”.

Seja como for, Major Vitor Hugo defende que seu nome estando ou não no páreo ao Palácio das Esmeraldas, o presidente lance um nome que represente a raiz do bolsonarismo. ‘Torço para que ele queira uma via própria porque há um espaço e uma ânsia dos eleitores de direita se verem representados aqui no Estado.”

Talvez haja até a possibilidade de uma decisão mais amadurecida do presidente e do PL e Vitor Hugo ficar no Congresso e assuma a presidência da CCJ na próxima legislatura e aí concorreria a novo mandato de deputado federal em 2022. “Se ele [Bolsonaro] vai querer apoiar que eu fique no parlamento apoiando as pautas dele, até agora, mais experiente, em função de ter passado pela liderança do governo, hoje eu sou o líder do maior partido da Câmara, existe a possibilidade do ano que vem de eu presidir a CCJ que é a principal comissão da Câmara. Existe a possibilidade do presidente falar para eu ficar lá. Estamos num momento de definições. Essa decisão ainda será tomada aqui”.

A deputada Magda Mofatto, em defesa da candidatura de Gustavo Mendanha ao governo de Goiás, cutucou Major Vitor Hugo, dizendo que o parlamentar teria que mostrar ter votos para disputar eleição majoritária antes de apresentar seu nome ao PL: “Vitor Hugo tem que mostrar ter votos”.

Independente das divergências internas, Magda Mofatto se posiciona no Congresso Nacional como integrante do bloco bolsonarista, votando a favor das matérias de interesse do Palácio do Planalto como, por exemplo, a PEC dos Precatórios.

A crise provada pelo presidente Jair Bolsonaro no PL terá que ser contornada com a interferência do presidente nacional da legenda, Valdemar Costa Neto, que tem proximidade política com Flávio Canedo e Magda Mofatto.


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