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POLÍTICA

Candidatura de João Campos corre riscos com CPI

A possível instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o escândalo do MEC e pastores tem preocupado agentes políticos ligados ao grupo de João Campos (Patriota) e Gustavo Mendanha (Republicanos). O motivo é o temor dos desdobramentos da investigação, já que o pastor Gilmar Santos, muito próximo dos dois políticos, é pivô da crise.

No final de semana, um áudio do pastor Arilton Moura, outro envolvido na suposta organização criminosa, circulou com uma mensagem: "Eu preciso que você ligue para minha esposa...acalme minha esposa...porque se der qualquer problema com minha menininha, eu vou destruir todo mundo", diz em uma gravação.

Mendanhistas temem o poder que isso possa ter durante a campanha, uma vez que diversas relações e parcerias entre políticos e religiosos podem ser expostas na mídia.

Ontem começou nas redes uma campanha para que os pastores façam delação e "falem" a verdade. A hashtag #fala milton e #falapastor entrou no trend topics. "Bolsonaro diz que fica no governo até quando Deus quiser. Se o pastor Milton Ribeiro cumprir o compromisso cristão de falar a verdade, será um poderoso agente da vontade divina. #FalaMilton", provocou Ciro Gomes.

Pré-candidato ao Senado, João Campos é o mais afetado no momento, já que a imprensa vem expondo desde fevereiro sua aproximação e amizade com o grupo ligado ao ex-ministro Milton Ribeiro. Ele teria aproximado o pastor da gestão Bolsonaro. Campos chegou a nomear uma filha de Gilmar em seu gabinete. E sempre elogiou o pastor publicamente.

Se aumentarem rumores, pode ocorrer ação estratégica no núcleo mendanhista para que Campos seja rifado. O ex-deputado federal Sandro Mabel (Republicano) é cogitado como 'suplente' da pré-candidatura de João Campos.

Tanto Mendanha quanto Campos garantem acreditar na inocência do pastor acusado de montar o esquema no MEC, mas afirmam que esperam as investigações.

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