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Jovem descobre futebol para cegos e se reinventa

Há dez meses, Maicon Rodrigo de Almeida, de 26 anos, perdeu a visão em decorrência de um acidente de moto. Decidido a se reinventar nessa nova fase da vida, Maicon descobriu e começou a treinar futebol para cegos, em Goiânia. A oportunidade surgiu graças à Secretaria Municipal do Esportes (SMESP), que tem uma gerência voltada para o Desporto Paralímpico e uma diretoria de Paradesporto.

Maicon procurou a prefeitura em junho e descobriu que a secretaria promove a prática de duas modalidades paralímpicas: o parabadminton e futebol de cegos. "Foi o que precisava para mudar, para melhorar. Agora, eu me sinto mais leve até para conversar com as pessoas", diz o novo atleta. "O meu corpo está bom. Antes meu corpo estava ruim. Então, para mim, isso aqui foi um presente de Deus na minha vida”.

O diretor de Paradesporto Municipal, João Turíbio, é o treinador da categoria. Desde o primeiro contato por telefone, ajuda Maicon a se aperfeiçoar no futebol. “Nós oferecemos a modalidade para mostrar a ele que o esporte é uma forte ferramenta de inclusão social. Para nossa surpresa, houve uma transferência de habilidades muito positiva do futebol, que ele já jogava, para o futebol de cegos”, destaca.

Julho é o mês de recesso para os atletas do futebol de cegos, mas, por uma iniciativa de Turíbio, Maicon continua a treinar para alcançar o mesmo nível dos demais. Em agosto, quando o resto da equipe volta a treinar, a expectativa é a de que Maicon já esteja familiarizado com os fundamentos técnicos e técnicos que a modalidade requer. O rapaz diz que sempre foi apaixonado por futebol. Mesmo antes do acidente, ele já praticava o esporte. Depois do episódio, surgiu o medo de se socializar. “Nos primeiros meses, foi muito ruim pra mim porque era uma coisa que gostava era jogar, estar em comunicação no meio de todo mundo. Sentir aquele clima”, diz.

Maicon incentiva todos a buscar um esporte. “Seja qual for o tipo de deficiência, a gente não é menos que os outros. Temos que lutar para chegar nos lugares bons porque a deficiência não vai te impedir de nada. Temos algumas limitações sim, temos coisas que muitos não têm também, então, vamos procurar algum esporte”, afirma.

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