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O presidente Jair Bolsonaro (PL) admitiu – conforme apurou o jornal “Folha de S. Paulo” – que ele teme ser preso, caso venha a perder as eleições deste ano. Segundo a “Folha”, fontes próximas disseram que o presidente reagirá. Ele afirmou que poderia sair do Palácio “preso, morto ou com vitória”. “Eu atiro para matar, mas ninguém me leva preso. Prefiro morrer”, teria dito o presidente, segundo aspas publicadas pelo portal “Metrópoles”.
O político deve tentar reeleição em 2 de outubro. A manifestação do presidente ocorreu após suscitar que existe uma conspiração para prendê-lo.
Não é a primeira vez que se manifesta neste sentido. Em outros momentos, o presidente disse que pode ocorrer alguma tentativa de prisão dele e de seus filhos.
Atípica
A eleição de 2022 será atípica por conta do conteúdo dos candidatos: na segunda-feira, 1, Roberto Jefferson (PTB) foi lançado, pelo seu partido, candidato a presidente durante convenção. Proibido de participar, já que está em prisão domiciliar, o político deixou seu nome ser referendado.
Lula, pré-candidato do PT, que se livrou da prisão durante o Mensalão ao não ser sequer indiciado, acabou preso durante a Lava Jato – o maior escândalo político da República. Seu processo criminal teve fim por erro processual.
E agora Jair Bolsonaro começa uma campanha para antecipar possíveis atos de rebeldia, caso seja levado à prisão por eventuais condutas dolosas à frente da Presidência da República.
Marketing
Nos bastidores, especialistas em marketing eleitoral afirmam que o discurso de Bolsonaro é mais um reforço para que seus aliados não o deixem e realmente votem nele, dando ao candidato maior fôlego nas urnas.
Por outro lado, a narrativa preocupa aliados, já que o político poderia assumir o discurso da “derrota antecipada”, que no percurso da campanha atropela as chances de reviravolta e desanima a militância.
