Política

Acareação entre Mauro Cid e Braga Netto no STF promete esclarecer contradições sobre tentativa de golpe

Redação Online

Publicado em 23 de junho de 2025 às 13:22 | Atualizado há 4 horas

Outro ponto de conflito envolve a entrega de valores em espécie para financiar atos antidemocráticos
Outro ponto de conflito envolve a entrega de valores em espécie para financiar atos antidemocráticos

O tenente-coronel Mauro Cid e o general Walter Braga Netto ficarão frente a frente nesta terça-feira (24/06), em acareação no Supremo Tribunal Federal (STF). O encontro foi determinado pelo ministro Alexandre de Moraes, responsável pela condução do inquérito que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado.

A acareação ocorrerá a portas fechadas, com acesso restrito aos acareados, seus advogados e o ministro Moraes. O pedido partiu da defesa de Braga Netto, após divergências entre os depoimentos do ex-ministro da Defesa e do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro.

A primeira contradição diz respeito a uma suposta reunião na residência de Braga Netto para discutir um plano identificado como “Punhal Verde e Amarelo”. De acordo com Cid, o encontro ocorreu e tratou diretamente de ações para subverter o resultado das eleições. Braga Netto nega qualquer envolvimento com tal reunião.

Outro ponto de conflito envolve a entrega de valores em espécie para financiar atos antidemocráticos. Cid afirma ter recebido dinheiro de Braga Netto dentro de uma caixa de vinho. O general nega veementemente a acusação e tenta provar que jamais teve participação em qualquer repasse ilícito.

A acareação busca esclarecer as versões conflitantes e pode influenciar os desdobramentos das investigações conduzidas pela Polícia Federal, sob supervisão do STF. O caso é um dos mais delicados que envolve a cúpula militar e figuras centrais do governo anterior.

Foto: Reprodução

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