Política

Alysson Lima pede apuração sobre obras do BRT

Diário da Manhã

Publicado em 8 de fevereiro de 2017 às 01:36 | Atualizado há 8 anos

  •  Objetivo é apurar demora na execução da obra, que era para ser entregue em março de 2017, mas está paralisada

O vereador Alysson Lima (PRB) protocolou na manhã de ontem, durante sessão ordinária da Câmara de Goiânia, documento que solicita a abertura de uma Comissão Especial para investigar as obras do BRT – em inglês Bus Rapid Transit, ou Transporte Rápido por Ônibus – que estão paralisadas devido falta de recursos municipais e federais. Conforme o vereador, o intuito da investigação é apurar a demora na execução do projeto, que iniciou em fevereiro de 2015 – na gestão do ex-prefeito Paulo Garcia (PT) – e deveria ser concluído em março deste ano, no entanto, a conclusão da obra foi adiada para o final do ano, mas ainda não há data.

O total de 27 vereadores assinaram o requerimento, exceto os vereadores Lucas Kitão (PSL), Edson Automóveis (PMN), Paulinho Graus (PDT), Paulo Magalhães (PSD), Vinícius Cirqueira (PROS), Andrey Azeredo (PMDB), Juarez Lopes (PRTB), Tiãozinho Porto (PROS). A Comissão Especial deverá iniciar os trabalhos em março, após o carnaval, convocando Paulo Garcia e o presidente da Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC), além de secretários municipais, conforme afirmou Alysson Lima durante a sessão.

De acordo com a Câmara, a Comissão Especial não tem o mesmo poder de investigação de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI), sendo apenas para apuração. Caso sejam encontradas irregularidades, poderá ser aberta uma  CEI para investigação. A Comissão Especial proposta por Alysson Lima deve ser composta por sete membros titulares, indicados pelos partidos, e terá 60 dias, prorrogáveis, para elaboração de um relatório sobre o que for apurado.

O vereador que propôs a criação da Comissão Especial ressalta que se trata de uma das obras públicas mais caras do país, já que o custo do BRT é de R$ 340 milhões, com a contrapartida do município em torno de R$ 130 milhões. “Além do valor do contrato, a demora na execução das obras causam transtornos que se arrastam por prazo indeterminado”, destaca Alysson. A demora para execução e entrega da obra é o fator questionado pelo vereador, que acredita que é preciso que a população tenha satisfação do que é feito com o dinheiro público e a Câmara de Vereadores tem esse papel, de trabalhar em prol do povo. “Não se pode admitir que uma obra de fundamental importância para a cidade e sua população se prolongue por tanto tempo, sem maiores esclarecimentos do poder público. Logo, esta Casa tem o dever de apurar os fatos, permitindo aos administradores a oportunidade de tirar nossas dúvidas sobre essa obra”, destaca.

Alysson Lima acredita que o cidadão da Capital necessita saber o porquê da paralisação das obras, já que gera transtornos, além dos custos e empresas envolvidas para execução. “A sociedade goianiense tem o direito sagrado de ser esclarecida sobre os termos do contrato, envolvendo preços, custo da obra, planilhas de orçamento e os preços dos concorrentes para apurar se houve beneficiamento deste ou daquela empresa, com pagamento de propinas”, frisa.

 

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