Política

Após briga, PMDB busca regularizar diretórios

Redação DM

Publicado em 31 de janeiro de 2016 às 20:57 | Atualizado há 9 anos

A executiva estadual do PMDB, presidida pelo deputado federal Pedro Chaves decidiu ontem estender até domingo, às 18 horas, o prazo para que 52 diretórios municipais encaminhem, formalmente, os nomes dos delegados aptos a votar na convenção do partido, marcada para 5 de fevereiro. Na convenção, será eleito o diretório estadual e, consequentemente, a executiva e o novo presidente.

A direção do partido agiu rápido, após os acontecimentos registrados na última quarta-feira, quando, na sede do PMDB, o deputado estadual Paulo Cezar Martins e os membros da ala jovem, liderada por Pablo Rezende, promoveram uma briga, inclusive com disparo de arma de fogo por parte de um segurança do parlamentar. Na ocasião, as atas encaminhadas pelos diretórios municipais foram subtraídas. O caso foi parar no 1º Distrito Policial de Goiânia, onde foi aberto inquérito para apurar as denúncias de agressão física.

O ambiente interno no PMDB ficou tenso desde outubro do ano passado, quando o partido tentou, sem êxito, realizar convenção para a eleição do novo diretório estadual. Á época, o PMDB tinha as candidaturas a presidente de José Nelto, Daniel Vilela e Nailton de Oliveira. A Justiça acabou impedindo a realização da convenção, ao detectar falhas no edital que convocava o encontro partidário.

Agora, o PMDB tem duas candidaturas: as de Daniel Vilela e de Nailton de Oliveira, mais uma vez dividindo o partido entre os grupos maguitistas e iristas. Paulo Cezar Martins é aliado de Daniel Vilela e Pablo Rezende seguidor de Iris Rezende e, consequentemente, apoiador de Nailton de Oliveira.

Dos 246 municípios goianos, o PMDB está estruturado em 146, sendo que 52 diretórios deles terão que regularizar novamente a situação junto à executiva até domingo, permitindo assim o voto de seus delegados. Entre os 52 diretórios que tiveram as atas subtraídas, na quarta-feira, estão os de Aparecida de Goiânia e Jataí, bases do deputado federal Daniel Vilela. Votam na convenção 250 delegados dos diretórios municipais, dois deputados federais e cinco deputados estaduais.

Em relação à briga, o presidente Pedro Chave disse que vai esperar as providências dos envolvidos. “Os dois lados lavraram boletins de ocorrência. Os dois grupos têm as suas próprias versões”. Sobre a denúncia de fraude – feita por aliados de Nailton de Oliveira -, o presidente do PMDB diz que, após o prazo para o registro, as chapas terão até três dias para questionar qualquer irregularidade.

Na última quinta-feira expirou o prazo para registro de chapas para a eleição do novo diretório estadual do PMDB, a ser composto por 71 membros-titular e 71 suplentes. Duas chapas foram registradas, encabeçadas por Daniel Vilela e Nailton de Oliveira.

O DM apurou que Daniel Vilela conta com o apoio do deputado federal Pedro Chaves, dos estaduais José Nelto, Adib Elias, Paulo Cezar Martins e Ernesto Roller, além de 25 prefeitos e também vereadores. Já o ex-prefeito de Bom Jardim de Goiás tem respaldo do deputado estadual e presidente do diretório do PMDB de Goiânia, Bruno Peixoto, vice-prefeito Agenor Mariano, ex-deputada federal Iris Araújo, prefeitos e vereadores de várias regiões do Estado.

Os candidatos Daniel Vilela e Nailton Oliveira à presidência do PMDB asseguram, ontem, que o espisódio da última quarta-feira está superado, sob a justificativa de que a executiva estadual tomou as providências necessárias para assegurar a regularização dos diretórios e a própria realização da convenção do dia 5 de fevereiro.

Acusada pelo deputado Paulo Cezar Martins de ter orientado o presidente do PMDB Jovem, Pablo Rezende, a retirar as atas dos diretórios municipais, a ex-deputada federal Iris Araújo não se manifestou sobre os ataques do parlamentar. Pelo Twitter, Iris Araújo disse: “À época, como presidente do PMDB, comprei e paguei, à vista, aquele espaço (sede) pensando que seria local para discussão de ideias e não tiro ao alvo.” E acrescentou: “O episódio dentro do diretório do PMDB foi um atentado ao direito de ir e vir de jovens lideranças em formação, imperdoável.”

 

       

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