Assembleia promove audiência pública
Diário da Manhã
Publicado em 14 de março de 2017 às 01:50 | Atualizado há 8 anos
A Assembleia Legislativa promoveu, ontem, audiência pública. Na pauta, a Reforma da Previdência. Trata-se do Projeto de Emenda Constitucional número 287. As deputadas estaduais Isaura Lemos Vieira, presidente do PC do B em Goiás, e Adriana Accorsi [PT], além do deputado federal Rubens Otoni Gomide [PT] integraram a mesa dos trabalhos.
A professora da rede municipal de ensino Ailma Maria de Oliveira, presidente da CTB [Central dos Trabalhadores e Trabalhadores do Brasil, seção de Goiás]; Ieda Leal, vice-presidente da CUT, a Central Única dos Trabalhadores, criada em agosto de 1983; e Divino José dos Santos, membro da Federação dos Trabalhadores da Agricultura [Fetaeg], participaram do fórum.
A parlamentar comunista afirma que a Reforma da Previdência irá retirar direitos históricos dos trabalhadores. Professoras e trabalhadores rurais serão prejudicados, denuncia. O tempo de contribuição será de 49 anos, explica. Para aposentar-se nos termos da PEC 287, a pessoa terá que começar a contribuir com 16 anos e atingir os 49 anos de contribuição, frisa.
– Sem interrupção no pagamento à Previdência Social.
Medidas
Para aposentar-se aos 65 anos, lamenta. Isaura Lemos lembra que existem regiões no Brasil em que a expectativa média de vida é inferior a 65 anos. Os trabalhadores terão que permanecer no mercado de trabalho formal, em um País cujos números oficiais de desemprego totalizam 12, 5 milhões, até o fim de sua vida, desabafa a líder vermelha.
– Para receber uma aposentadoria irrisória.
Isaura Lemos classifica Michel Temer como golpista. A deputada estadual do PC do B ataca também o programa de concessões e privatizações do Governo Federal, assim como a aprovação, pelo Congresso Nacional, do congelamento dos gastos públicos por vinte anos. A Reforma Trabalhista liquidará a CLT, uma herança de Getúlio Vargas, nacional-estatista, diz.
– Não podemos aceitar. É hora de sair às ruas, protestar e mobilizar as forças progressistas nos parlamentos.
CTB de Goiás
A sindicalista Ailma Maria de Oliveira condena as medidas liberais de Michel Temer. O Brasil vai parar dia 15, avisa. A CTB mobilizará os trabalhadores da cidade e do campo contra a retirada de direitos, denuncia. O golpe executado contra Dilma Rousseff é para destruir o Estado Nacional, acabar com a CLT, privatizar o que resta e liquidar o Brasil progressista, diz