Bolsonaro pede dispensa de Pazuello e mais 3 testemunhas em ação no STF
Redação Diário da Manhã
Publicado em 30 de maio de 2025 às 07:04 | Atualizado há 1 dia
Folha Press
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu nesta quinta (29) ao STF (Supremo Tribunal Federal) a dispensa de quatro testemunhas na ação que julga a trama golpista.
Entre os nomes que Bolsonaro dispensou estão o de Gilson Machado (PL), ex-ministro do Turismo, e o deputado federal e ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello (PL-RJ). Os outros nomes são Amauri Feres Saad e Ricardo Peixoto.
Nesta sexta-feira (30), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), será ouvido pela manhã. As audiências são realizadas por videoconferência e começam às 8h.
O Supremo já ouviu 43 testemunhas. Desse total, duas depuseram por escrito. As defesas pediram a desistência de 16 pessoas. A expectativa é que as audiências sejam concluídas na semana que vem.
Alexandre de Moraes conduziu todos os depoimentos. Ele deu broncas e mandou recados. Outros ministros da Primeira Turma, onde está o processo em andamento, também acompanharam alguns depoimentos.
Bolsonaro tem levado testemunhas para negar a discussão sobre golpe. Na quarta (28), os ouvidos apenas confirmaram que o ex-presidente questionou a lisura do pleito eleitoral de 2022 e nunca abordou nada ilegal.
Tarcísio foi ministro de Bolsonaro até março de 2022. Ele deixou o cargo para disputar o governo estadual e com isso, na prática, não participou de alguns dos principais episódios citados na denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República) contra Bolsonaro e seus auxiliares, como a reunião ministerial de julho de 2022.
O governador deve falar de encontros com o ex-presidente. Ele se reuniu com Bolsonaro duas vezes após o segundo turno, em novembro e dezembro de 2022. Os encontros, contudo, não são citados na denúncia da PGR ou na investigação sobre tentativa de golpe.
Tarcísio também não participou de reuniões onde foram discutidas propostas de minuta golpista. O ex-ministro foi eleito no segundo turno daquele ano e não esteve em reuniões de Bolsonaro com chefes das Forças Armadas. Essas reuniões são consideradas o ponto mais forte da denúncia. Os ex-comandantes da Aeronáutica e do Exército confirmaram no Supremo que Bolsonaro apresentou nesses encontros proposta de minuta para se manter no poder mesmo após a derrota para Lula.