Câmara rejeita projeto sobre cotas para mulheres
Redação
Publicado em 10 de maio de 2018 às 02:11 | Atualizado há 7 anos
Com muita polêmica foi rejeitado, pelo plenário da Câmara Municipal de Goiânia, projeto de lei de emenda à Lei Orgânica do Município, de autoria do vereador Paulo Magalhães (PSD), que estabelece cota de gênero para as funções de secretário, presidente de agência e autarquias municipais, observando o mínimo de 30% e o máximo de 70% para cada sexo.
A proposta também seria válida para o quantitativo total de cargos na Mesa Diretora da Câmara Municipal de Goiânia e na participação das comissões permanentes da Casa. Hoje nenhuma parlamentar faz parte da atual direção do Legislativo Goianiense. Já na prefeitura poucas mulheres ocupam o cargo de secretária na gestão Iris Rezende (MDB).
POLÊMICA
O projeto estava em primeira votação em plenário, teve a manifestação favorável de 21 parlamentares e uma abstenção. Para aprovar este tipo de matéria, por se tratar de emenda à Lei Orgânica do Município, seria preciso ter o voto favorável de 24 vereadores. Foi justamente neste ponto que causou polêmica, por entendimentos distintos quanto ao tema.
O projeto foi arquivado. De acordo com o Regimento Interno na Câmara, para que o projeto seja reapresentado ainda neste ano, será preciso que outro autor apresente a matéria e que tenha apoio de no mínimo de 18 vereadores. Se aprovado, o projeto entraria em vigor em etapas distintas. Para os cargos do Executivo, em 1º de janeiro de 2021. E para o Legislativo, a vigência começaria em 1º de janeiro de 2019, com a posse da nova Mesa Diretora.
De acordo com o vereador Paulo Magalhães, o projeto tem o objetivo de contribuir para a igualdade no município de Goiânia. Ele ficou bastante decepcionado após a rejeição do projeto em plenário. “O presidente foi claro comigo que não aprovaria o projeto e que é contra. Agora é interesse dos homens de que mulher não tenha direito a 30% da Mesa Diretora. Por essas contas é que o Ponto Biométrico poderia ser aprovado, estamos aqui durante a sessão e vereadores não participam das votações”, declarou.