Política

Chapa defende identidade de pensamentos

Diário da Manhã

Publicado em 26 de novembro de 2015 às 21:25 | Atualizado há 9 anos

Amanhã será realizada as eleições da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Goiás (OAB Goiás) e também das subseções no interior do estado, para eleger a nova presidência da entidade classista. Com a chapa ‘OAB Independente, nova ordem para mudar’, o advogado e presidente do Sindicato dos Advogados do Estado de Goiás (Saeg), Franciso Sena, concorre à presidência da subseção de Aparecida de Goiânia – que engloba os municípios de Aparecida, Hidrolândia e Aragoiânia. A subseção de Aparecida está entre as cinco maiores do Estado, possui mais de 800 advogados inscritos, sendo a única com total independência financeira.

Com a bandeira de modernização e mudanças na entidade, a chapa pretende defender as prerrogativas dos advogados da subseção de Aparecida de Goiânia. “Estamos na era do processo judicial eletrônico, desta forma, precisamos que na sala do advogado nos fóruns se tenham computadores mais modernos e ambientes com wifi funcionando. A questão da modernização é para que advogado tenha o acesso para fazer uso dessas ferramentas no dia a dia de seu trabalho”, ressalta o candidato.

Conforme Francisco, a chapa também tem a proposta de criar comissões dentro da subseção, como da Advocacia Jovem, das Advogadas, dos Advogados Públicos, do Consumidor, de Direito Tributário, Direito do Trabalho, Direito Previdenciário e Direito Penal. Outra proposta é proporcionar maior transparência aos atos da gestão da subseção.  Além de Francisco Sena, compõem a chapa ‘OAB Independente, nova ordem para mudar’, o Procurador Municipal de Aparecida de Goiânia, Roosevelt Santos Paiva (vice-presidente); a advogada especialista em Direito Previdenciário, Maria Angélica Dias de Matos (secretária-geral); o especialista em Direito Público e Previdenciário, Raphael Belle Moraes da Silva (secretário-geral-adjunto); a especialista em Direito do Trabalho, Suzane Simon de Oliveira Rodovalho (diretora-tesoureira); e o advogado Paulo Henrique Lopes Gonçalves.

Reivindicações e política na OAB

Outra questão apontada é o fato da subseção não ser ativa, visto que os advogados da comarca necessitam se deslocar para seccional, em Goiânia, para resolver assuntos que deveriam ser solucionados na subseção em Aparecida. “Conversei com dezenas de profissionais que apontaram não ter apoio nenhum. O advogado tem seu escritório em Aparecida, mas tem que se dirigir a Goiânia para fazer alguma reclamação, pedir algum apoio. Assim, a subseção deixa muito a desejar”, afirma Roosevelt.

O candidato a vice-presidente acrescenta que na atual gestão da subseção de Aparecida, que faz oposição à sua chapa, há um forte envolvimento político entre os dirigentes e políticos do município. “A subseção de Aparecida se tornou um apêndice de políticos. Exemplo é que a chapa da situação foi lançada em um escritório político de um vereador da cidade. Então, fica a questão: será que aquelas pessoas que estão lá têm o real comprometimento de ajudar a classe ou de defender seus próprios interesses e daquele grupo que está no poder? Hoje, a subseção não me representa como advogado”, ressalta.         Sobre a relação da Ordem com partidos políticos, Roosevelt frisa que é contrário, visto que os princípios e anseios da entidade podem se chocar com a convicção político-partidária. “A relação deve ser amistosa e harmônica, mas deve ser separada. A OAB é uma entidade de classe e deve fazer política da classe dos advogados, não política partidária. A OAB tem seus princípios e seus anseios, e se tiver uma vinculação muito forte com partidos políticos, vai chegar um momento em que os objetivos vão se contrapor”, acredita.

Seccional

Em visita ao Diário da Manhã, o grupo ressaltou que apoia a chapa do atual presidente da OAB Goiás, Enil Henrique, por acreditar nas mudanças e perceber uma identidade de propostas entre as chapas para melhoria no trabalho dos advogados em Goiás. A respeito de como a atual gestão da entidade tem trabalhado, o presidente da Saeg afirma que houve melhora, com maior abertura para os advogados. “Houve uma melhora de gestão quando aconteceu a saída do então presidente, Dr. Henrique Tibúrcio. O Dr. Enil assume e, a partir de então, começou a se ter uma maior abertura para os advogados. Essa abertura é compreendida em se ter mais acesso e liberdade de apresentar um projeto e ele ser executado”, destaca.

Francisco Sena ainda aponta que a gestão do presidente Enil assumiu uma luta que diz respeito à subseção de Aparecida e várias cidades do interior, que é em relação ao pagamento das Unidades de Honorários Dativos (UHD), quando o advogado presta serviços para o Estado. “Ele [Enil] encampou essa luta na melhora dos honorários, para que os profissionais fossem valorizados, passando de R$ 80 para R$126, e que os pagamentos fossem atualizados. Mas uma defensoria pública bem aparelhada seria a solução para a questão”.

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