Política

Com Caiado na frente, Eliton e Daniel correm atrás do prejuízo

Redação DM

Publicado em 2 de agosto de 2018 às 00:55 | Atualizado há 7 anos

À frente nas pesquisas, o sena­dor Ronaldo Caiado (DEM) mantém também a diantei­ra no xadrez político. Ao definir an­tecipadamente a chapa majoritária, o governadoriável do DEM ante­cipa-se também na formação da chapa proporcional, uma vez que fica viabilizada uma chapa de de­putados federais e estaduais entre com o PROS do candidato a vice, o deputado estadual e candidato a vice-governador, Linconl Tejota, com o PRP, do vereador Jorge Kaju­ru, candidato ao Senado, e o Pode­mos, dos deputados estaduais José Nelto e Lívio Luciano.

O anúncio de Lincoln Tejota na vice de Caiado acirra na base gover­nista a corrida pela posição ao lado do governador José Eliton (PSDB). Pelo resultado das últimas pesqui­sas o ex-prefeito de Senador Cane­do Vanderlan Cardoso (PP) está a um passo de vantagem, pois foi bem avaliado como possível candidato ao Senado, ficando cocado nos lí­deres Marconi Perillo (PSDB), Lúcia Vânia (PSB) e Jorge Kajuru (PRP). Mas, como parafraseando o “gê­nio das pernas tortas”, Mané Gar­rincha, é preciso “combinar o jogo com os aliados”. O PTB do deputa­do federal Jovair Arantes também reivindica vaga na chapa majori­tária. O PSD, do ex-deputado fede­ral Vilmar Rocha aparece contem­plado com ascensão do ex-ministro Flávio Peixoto à secretaria da Edu­cação – lembrando que trata-se do pai do deputado federal Thiago Pei­xoto, que por um bom tempo arti­culou para ser o candidato a vice.

Os movimentos de Caiado e do governo também criam perspec­tivas para o deputado federal Da­niel Vilela (MDB), que ainda so­nha em contar com o PP e o PSD na sua chapa. Tanto a vice, como a segunda vaga ao Senado ainda es­tão abertas. Daniel tem conversado continuamente com o ministro das Cidades, Alexandre Baldy, para que aja composição entre os dois parti­dos, porém os deputados federais da legenda (Roberto Balestra, Heu­ler Cruvinel e Sandes Júnior) pre­ferem manter o PP no chapão go­vernista. Pode pesar, no entanto, o projeto político de Vanderlan Car­doso, que almeja aproximação com o MDB para se cacifar à sucessão do prefeito Iris Rezende. Agosto está chegando e a definição do PP deve se dar somente na convenção, que está marcada para o dia 5.

O xeque no PSD, com a nomea­ção de Flávio Peixoto, enfraqueceu a posição de Vilmar Rocha na le­genda, mas o ex-parlamentar ain­da tem um trunfo: a articulação fei­ta em Brasília para que PSD apoie uma chapa presidencial que pode­rá ser formada entre o tucano Ge­raldo Alckmin (SP) e o emedebista Henrique Meirelles. O tempo corre em desfavor deste projeto, mas em política, assim como no futebol, o jogo só termina quando o juiz api­ta (ou quando é lavrada a ata das convenções no TRE).

DEM-PROS-PRP-PODEMOS

Presidente do PROS em Goiás, o deputado estadual Lincoln Tejo­ta trabalhou pelo crescimento da le­genda no Estado que em 2014 elegeu apenas o ex-vereador Sérgio Bravo, de Senador Canedo. Lincoln trou­xe para a legenda os ex-deputados Frederico Nascimento, Cilene Gui­marães e o ex-vereador Thiago Al­bernaz, neto do ex-prefeito Nion Al­bernaz, todos eles pré-candidatos à Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), juntamente com o ve­reador goianiense Vinícius Cirqueira.

O PRP, de Kajuru, investe na ree­leição do Major Araújo, e aposta nos vereadores goianienses Alys­son Lima e Cabo Sena para am­pliar as cadeiras na Alego. O pró­prio Caiado havia reforçado o DEM com as filiações de Alvaro Guima­rães (Itumbiara), dr. Antônio (Trin­dade) e Iso Moreira (Iaciara).

PUXADORES

Para o Congresso Nacional o DEM tem como puxadores de voto o médico Zacharias Calil e o ex­-presidente da Faeg (Federação Goiana de Agricultura) José Ma­rio Scheiner. O Podemos deve lan­çar o deputado estadual José Nelto.

CHAPA GOVERNISTA

A chapa governista, tudo indica, deve ter PSDB, PTB, PP, PR, PDT, PPS, PRB, PSB, Solidariedade,e PSD coligados na eleição de deputados federais. Se assim for confirmada, a aliança terá como candidatos à re-eleição os deputados tucanos Giu­seppe Vecci, Célio Silveira e Fábio Sousa, o deputado Jovair Arantes (PTB), os progressistas Roberto Ba­lestra, Sandes Júnior e Heuler Cruvi­nel, a deputada Magda Mofato (PR), a deputada Flávia Morais (PDT), o deputado Marcos Abrão (PPS), o de­putado João Campos (PRB), o depu­tado Lucas Vergílio (SD) e o depu­tado Thiago Peixoto (PSD). Entre os que buscam a primeira eleição à Câmara Federal estão o professor Al­cides Ribeiro e o deputado estadual Jean Carlo, pelo PSDB, o deputado estadual Francisco Júnior pelo PSD e pelo PP, Adriano Avelar, assessor do ministro Alexandre Baldy. Estes par­tidos, no entanto, não devem fazer a mesma coligação para deputado es­tadual, uma vez que a Lei Eleitoral ainda em vigor, permite coligações distintas nas chapas proporcionais.

CHAPA EMEDEBISTA

O MDB ainda alimenta a expec­tativa de uma chapa proporcional com um dos partidos da base si­tuacionista, embora esta seja uma situação cada vez mais imprová­vel. Por enquanto, o partido, que é a maior força de oposição no Esta­do, caminha para ter como candida­tos ao Parlamento a primeira-dama de Goiânia, Iris Araújo, o ex-prefei­to de Jataí, Humberto Machado, o neto do engenheiro e ex-vice-gover­nador Bernando Sayao, o também engenheiro Bernardo Sayão Neto.

 

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