Daniel: “MDB acerta em apoiar a reeleição de Caiado em 2022”
Diário da Manhã
Publicado em 4 de outubro de 2021 às 11:06 | Atualizado há 4 anos
“Ele [Gustavo Mendanha] teve todas as oportunidades que buscou na política pelo MDB. Temos de compreender que nós vivemos em uma democracia e a absoluta maioria do partido decidiu por estar aliançada com o governador Ronaldo Caiado”
Para o presidente da sigla, a candidatura própria a qualquer custo não era o melhor caminho. Ele também destacou a consulta interna que foi feita antes do partido aceitar o convite para compor a chapa majoritária de Caiado. Na sexta-feira (24), o governador anunciou que Daniel será seu vice na disputa do ano que vem.
Hora de recuo
O presidente partidário também defendeu, durante o evento deste sábado, que nem sempre o MDB terá condições de ser protagonista. “Às vezes temos que ter a maturidade de estarmos ao lado como colaboradores de um processo de transformação e recuperação do Estado de Goiás.”
Daniel ainda voltou a mencionar os objetivos semelhantes que o MDB tem com o governador. Ele citou como exemplo a eleição de 2018 e lembrou que, na época, mesmo adversário de Caiado, tinha o mesmo objetivo: de combater o governo vigente até então – no caso, o do PSDB. Para o presidente do diretório do MDB em Porangatu, Márcio Luís da Silva, é característica do partido, apesar das divergências e enfrentamentos, a união. “Só sai aquele que não respeita a vontade da maioria. Aquele que não tem gratidão e não respeita a sua origem, aquele que não percebe que o que se tornou hoje veio pelas ações do MDB.”
Na eleição de 2020, Marcio Luis da Silva, do MDB, foi muito bem votado, mas perdeu a eleição por 45 votos. Vanuza Valadares, do Podemos, foi eleita. A prefeita e Márcio Luis representam as duas principais forças políticas do município. Ele inclusive pode ser candidato a deputado estadual e ninguém deve ficar surpreso se obtiver o apoio da gestora municipal (registre-se que, no momento, a prefeita apoia seu filho, Givago Valadares, para o Parlamento estadual).
O fato é que, em 2022, Márcio Luis e Vanuza Valadares — elementos da renovação política em Porangatu e no Norte de Goiás — estarão no mesmo palanque, apoiando a reeleição do governador Ronaldo Caiado. A oposição, sobretudo o PSDB, ficará isolada na cidade.
Emedebistas criticam alianças “atrasadas” de Gustavo Mendanha
“Gustavo Mendanha está cuspindo no prato que comeu e, por ambição pessoal, vai se aliar ao atraso da política goiana”. A opinião é do deputado estadual Bruno Peixoto, ao criticar a decisão do prefeito de Aparecida de Goiânia de deixar o MDB para buscar alianças com o PSDB e outros partidos do espectro oposicionista do Estado. “Ele só alimenta a vaidade pessoal, não pensa nos interesses da população goiana”.
Bruno Peixoto disse que o PSDB de Marconi Perillo, sem pespectivas de disputar as eleições para governador em 2022, “usa Gustavo Mendanha”. Para ele, o prefeito rasga a sua biografia e se afasta de quem lhe deu oxigênio e musculatura política em Aparecida de Goiânia – Maguito Vilela (in memorian), Daniel Vilela, Iris Rezende e tantos outros”.
O deputado do MDB disse que nem mesmo no partido Mendanha conseguiu reunir seguidores em apoio ao seu projeto de disputar o governo de Goiás. “Apenas Paulo Cezar Martins e Sandro Mabel saíram em sua defesa. É muito pouco para quem ousa discordar da vontade da maioria esmagadora que optou pela aliança com o DEM caiadista”.
“Retrocesso”
Sem perspectivas de vitórias nas urnas de 2022, partidos como o PSDB e PL estimulam a candidatura de Mendanha, que prefere se aliar aos “algozes” do MDB desde 1998, quando Iris Rezende perdeu a disputa pelo governo para Marconi Perillo. “Os companheiros no interior não aceita aproximação com o PSDB, que perseguiu companheiros por 30 anos”, diz o prefeito de Jataí, Humberto Machado.
Os ex-presidentes do MDB goiano, Samuel Belchior e Nail ton de Oliveira também conde nam o “gesto precipitado” de Mendanha de deixar o partido para aventurar-se na oposição. “As pesquisas mostram a im popularidade de Marconi Pe rillo e tantos outros políticos da oposição. Mendanha vai se aliar a essa gente”, questiona Nailton de Oliveira.
O prefeito de Campos Verdes, Haroldo Naves, presidente da Federação Goiana de Municípios (FGM) diz que o MDB, através dos seus prefeitos, vereadores e dirigentes municipais, está coeso em torno da chapa Ronaldo Caiado governador e Daniel Vilela a vice: “Será uma chapa muito forte e que contará com o respaldo da maioria dos 246 prefeitos goianos”.
Andrey Azeredo, ex-presidente da Câmara Municipal de Goiânia, lamenta que Mendanha não tenha concordado com o resultado em que 95% dos membros do MDB em todo o estado se manifestaram pela aliança com o DEM caiadista. “Democracia significa respeito à decisão da maioria. Mendanha prefere agir em função de sua vontade pessoal, deixando de lado os compromissos com o partido que sempre lhe deu guarida”.
O presidente estadual do MDB e pré-candidato a vice- -governador na chapa de Ronaldo Caiado (DEM), Daniel Vilela, afirmou, em Porangatu, que o partido terá grande resultado político e eleitoral no ano que vem.
Mais: disse que é hora de quebrar o dogma de uma candidatura própria do partido em toda eleição majoritária ao governo. “O momento é de darmos as mãos e deixarmos de lado qualquer projeto pessoal e partidário. É preciso ter maturidade e sabedoria da classe política para termos unidade e buscarmos, com bons propósitos e princípios, atitudes e ações que possam permitir que os goianos possam viver melhor”, disse Daniel Vilela.
Daniel sustentou, em seu discurso, que o governador Ronaldo Caiado recuperou as finanças do estado, realiza importantes obras e combate a corrupção tão comum nas gestores anteriores do PSDB. “Caiado é um homem de bem, honesto, trabalhador. Por isso, o MDB vai estar com ele em 2022”.
O encontro no norte goiano foi realizado neste sábado, 02, no Sindicato Rural de Porangatu, e reuniu vereadores, prefeitos, dirigentes partidários e demais filiados do MDB dos municípios de Formoso, Estrela do Norte, Santa Tereza, São Miguel do Araguaia, Bonópolis, Uruaçu, Mutunópolis, Mundo Novo, Novo Planalto, de Goiânia e Anápolis, além de Rio Verde, cidade do sudoeste goiano.
Gustavo Mendanha
Em relação a desfiliação da sigla do prefeito de Aparecida, Gustavo Mendenha, após confirmação da aliança MDB-DEM, Daniel Vilela diz “lamentar muito”, mas garantiu que o partido vai seguir em frente, com a certeza de vitória nas eleições de 2022. “Ele [Gustavo Mendanha] teve todas as oportunidades que buscou na política pelo MDB. Temos de compreender que nós vivemos em uma democracia e a absoluta maioria do partido decidiu por estar aliançada com o governador Ronaldo Caiado. Então, ele deveria estar ao lado daqueles que sempre estiveram ao seu lado”.
De acordo com Vilela, esse também é o momento do MDB romper com dogmas da necessidade de ter candidatura própria para disputar o Palácio das Esmeraldas em 2022. “Nós não podíamos ficarmos com essa ideia de que independente de ganhar ou de perder, o partido tem que ter candidatura a qualquer custo. Nem sempre nós teremos as condições de sermos protagonistas. Às vezes, teremos que ter a humildade para estar ao lado como colaboradores de processo de transformação e recuperação do nosso Estado”.
Daniel Vilela disse que já era chegada a hora do partido “romper com dogmas que não estavam fazendo bem”, ao citar a decisão de se aliar ao governador Ronaldo Caiado (DEM) em 2022. “Não podíamos continuar com essa ideia de que, independente de ganhar ou de perder, o partido tem que ter candidatura a qualquer custo”, acrescentou em referência ao fato de que o MDB não terá candidato a governador no ano que vem.
“Ele [Gustavo Mendanha] teve todas as oportunidades que buscou na política pelo MDB. Temos de compreender que nós vivemos em uma democracia e a absoluta maioria do partido decidiu por estar aliançada com o governador Ronaldo Caiado”
Para o presidente da sigla, a candidatura própria a qualquer custo não era o melhor caminho. Ele também destacou a consulta interna que foi feita antes do partido aceitar o convite para compor a chapa majoritária de Caiado. Na sexta-feira (24), o governador anunciou que Daniel será seu vice na disputa do ano que vem.
Hora de recuo
O presidente partidário também defendeu, durante o evento deste sábado, que nem sempre o MDB terá condições de ser protagonista. “Às vezes temos que ter a maturidade de estarmos ao lado como colaboradores de um processo de transformação e recuperação do Estado de Goiás.”
Daniel ainda voltou a mencionar os objetivos semelhantes que o MDB tem com o governador. Ele citou como exemplo a eleição de 2018 e lembrou que, na época, mesmo adversário de Caiado, tinha o mesmo objetivo: de combater o governo vigente até então – no caso, o do PSDB. Para o presidente do diretório do MDB em Porangatu, Márcio Luís da Silva, é característica do partido, apesar das divergências e enfrentamentos, a união. “Só sai aquele que não respeita a vontade da maioria. Aquele que não tem gratidão e não respeita a sua origem, aquele que não percebe que o que se tornou hoje veio pelas ações do MDB.”
Na eleição de 2020, Marcio Luis da Silva, do MDB, foi muito bem votado, mas perdeu a eleição por 45 votos. Vanuza Valadares, do Podemos, foi eleita. A prefeita e Márcio Luis representam as duas principais forças políticas do município. Ele inclusive pode ser candidato a deputado estadual e ninguém deve ficar surpreso se obtiver o apoio da gestora municipal (registre-se que, no momento, a prefeita apoia seu filho, Givago Valadares, para o Parlamento estadual).
O fato é que, em 2022, Márcio Luis e Vanuza Valadares — elementos da renovação política em Porangatu e no Norte de Goiás — estarão no mesmo palanque, apoiando a reeleição do governador Ronaldo Caiado. A oposição, sobretudo o PSDB, ficará isolada na cidade.
Emedebistas criticam alianças “atrasadas” de Gustavo Mendanha
“Gustavo Mendanha está cuspindo no prato que comeu e, por ambição pessoal, vai se aliar ao atraso da política goiana”. A opinião é do deputado estadual Bruno Peixoto, ao criticar a decisão do prefeito de Aparecida de Goiânia de deixar o MDB para buscar alianças com o PSDB e outros partidos do espectro oposicionista do Estado. “Ele só alimenta a vaidade pessoal, não pensa nos interesses da população goiana”.
Bruno Peixoto disse que o PSDB de Marconi Perillo, sem pespectivas de disputar as eleições para governador em 2022, “usa Gustavo Mendanha”. Para ele, o prefeito rasga a sua biografia e se afasta de quem lhe deu oxigênio e musculatura política em Aparecida de Goiânia – Maguito Vilela (in memorian), Daniel Vilela, Iris Rezende e tantos outros”.
O deputado do MDB disse que nem mesmo no partido Mendanha conseguiu reunir seguidores em apoio ao seu projeto de disputar o governo de Goiás. “Apenas Paulo Cezar Martins e Sandro Mabel saíram em sua defesa. É muito pouco para quem ousa discordar da vontade da maioria esmagadora que optou pela aliança com o DEM caiadista”.
“Retrocesso”
Sem perspectivas de vitórias nas urnas de 2022, partidos como o PSDB e PL estimulam a candidatura de Mendanha, que prefere se aliar aos “algozes” do MDB desde 1998, quando Iris Rezende perdeu a disputa pelo governo para Marconi Perillo. “Os companheiros no interior não aceita aproximação com o PSDB, que perseguiu companheiros por 30 anos”, diz o prefeito de Jataí, Humberto Machado.
Os ex-presidentes do MDB goiano, Samuel Belchior e Nail ton de Oliveira também conde nam o “gesto precipitado” de Mendanha de deixar o partido para aventurar-se na oposição. “As pesquisas mostram a im popularidade de Marconi Pe rillo e tantos outros políticos da oposição. Mendanha vai se aliar a essa gente”, questiona Nailton de Oliveira.
O prefeito de Campos Verdes, Haroldo Naves, presidente da Federação Goiana de Municípios (FGM) diz que o MDB, através dos seus prefeitos, vereadores e dirigentes municipais, está coeso em torno da chapa Ronaldo Caiado governador e Daniel Vilela a vice: “Será uma chapa muito forte e que contará com o respaldo da maioria dos 246 prefeitos goianos”.
Andrey Azeredo, ex-presidente da Câmara Municipal de Goiânia, lamenta que Mendanha não tenha concordado com o resultado em que 95% dos membros do MDB em todo o estado se manifestaram pela aliança com o DEM caiadista. “Democracia significa respeito à decisão da maioria. Mendanha prefere agir em função de sua vontade pessoal, deixando de lado os compromissos com o partido que sempre lhe deu guarida”.