Decisão do STF gera polêmica sobre liberdade de expressão
Redação DM
Publicado em 10 de junho de 2025 às 07:31 | Atualizado há 22 horas
A recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) envolvendo a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) provocou intensos debates sobre os limites da liberdade de expressão nas redes sociais. A plataforma X, após a determinação do ministro Alexandre de Moraes que suspendeu os perfis da parlamentar, decidiu recorrer ao STF, alegando que a medida pode infringir direitos constitucionais.
Liberdade de expressão
A defesa da X argumenta que o bloqueio geral dos perfis pode ser uma forma de censura, ferindo o artigo 220 da Constituição Federal, que protege a liberdade de comunicação. O escritório de advocacia que representa a plataforma destacou que apenas conteúdos que sejam considerados ilegais deveriam ser removidos, em vez de suspender contas inteiras. A empresa também ressaltou que um dos perfis bloqueados não está vinculado a Zambelli, o que levanta questões sobre a aplicação da decisão.
Consequências legais
A situação se agrava com a condenação de Zambelli a dez anos de prisão pela invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Sua fuga para a Itália para evitar a prisão só intensificou o debate sobre a accountability dos parlamentares e as ações do STF. A decisão de Moraes, que converteu a prisão preventiva em definitiva após um recurso negado, ilustra a crescente tensão entre a justiça e o legislativo.
Diante desse cenário, observadores e especialistas em direito constitucional se questionam sobre os limites das ações judiciais em relação à liberdade de manifestação e os impactos que essas decisões podem ter no futuro das redes sociais no Brasil.