Política

Delcidio do Amaral é notificado pelo Conselho de Ética do Senado

Redação DM

Publicado em 22 de dezembro de 2015 às 15:35 | Atualizado há 9 meses

Carolina Gonçalves – Repórter da Agência Brasil

O líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral, fala à imprensa no Congresso Nacional (Wilson Dias/Agência Brasil)

A notificação foi feita por assessores do Conselho de Ética e agentes da Polícia Legislativa, que estiveram com Delcidio do Amaral no Batalhão de Trânsito da Polícia Militar do Distrito Federal, onde está presoWilson Dias/Arquivo/Agência Brasil

O senador Delcídio do Amaral (PT-MS) acaba de ser notificado pelo Conselho de Ética do Senado sobre o processo que investiga quebra de decoro parlamentar. A partir de agora, começa a contar o prazo de dez dias úteis para que ele apresente sua defesa ao colegiado.

Como o Congresso entra em recesso a partir de amanhã (23), este prazo começa a ser contado a partir de 1º de fevereiro, quando as atividades legislativas serão retomadas. A contagem volta a ser paralisada durante o carnaval, na segunda semana do mês. Com as suspensões, advogados de Delcidio terão até o dia 18 de fevereiro para reunir os argumentos a favor do senador.

A notificação foi feita por dois assessores do Conselho de Ética e agentes da Polícia Legislativa, que estiveram com Delcidio no Batalhão de Trânsito da Polícia Militar do Distrito Federal, para onde foi transferido no último dia 18. Na primeira tentativa feita ontem, o senador não quis receber o documento sem a presença de um advogado e acertou a entrega para hoje (22).

Delcidio do Amaral está preso desde o dia 25 de novembro. A prisão do parlamentar, que era líder do governo no Senado, foi autorizada pelo ministro-relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, Teori Zavaski, que atribuiu ao senador a tentativa de obstruir as investigações. O senador aparece em gravação entregue por Bernardo Cerveró, filho do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, à Procuradoria-Geral da República, oferecendo pagamento de R$ 50 mil por mês à família e um plano de fuga para que o ex-diretor não firmasse acordo de delação premiada com o Ministério Público. 

Depois do prazo de defesa, o relator do caso, senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO) passa a ter cinco dias úteis para formular um parecer indicando a continuidade ou não do processo de investigação. A decisão será submetida à votação do colegiado. A representação contra Delcídio foi apresentada no último dia 1º pelos partidos de oposição Rede Sustentabilidade e o PPS, com o apoio do PSDB e DEM.

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