Política

Diploma Bertha Lutz reconhece trabalho de Lúcia Vânia na Constituinte

Redação

Publicado em 10 de março de 2018 às 02:09 | Atualizado há 4 meses

O Congresso Nacional rea­lizou, ontem, uma sessão sole­ne para homenagear as 26 de­putadas federais constituintes. Em sua 17ª edição, o Diploma Bertha Lutz que premia perso­nalidades que tenham ofere­cido contribuição relevante na defesa dos direitos da mulher e questões de gênero no Brasil, reconhece o legado das deputa­das que trabalharam na elabo­ração da Constituição. A sena­dora Lúcia Vânia (PSB-GO) foi uma das homenageadas.

O evento faz parte da come­moração do Mês da Mulher e dos 30 anos da Constituição. Além da senadora Lúcia Vânia, as atuais senadoras Lídice da Mata (PSB­-BA) e Rose de Freitas (PMDB­-ES), além da deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ) foram homenageadas. Seis prêmios fo­ram concedidos In Memorian.

A parlamentar goiana, que na Constituição foi membro da Sub­comissão dos Direitos e Garan­tias Individuais e da Comissão da Soberania e dos Direitos e Garan­tias do Homem e da Mulher, lem­brou que há 30 anos não havia, no Senado ou na Câmara, uma condecoração para quem defen­desse as questões de gênero.

“Esse duplo lugar de fala – de convidada homenageada e de anfitriã – que compartilho com as senadoras Rose e Lídice, já é um sintoma de transformação. Em 1987, não havia banheiro fe­minino do Plenário da Câmara. Durante a Assembleia Nacional Constituinte, não havia, no Se­nado Federal, nenhuma sena­dora em exercício de mandato”, disse Lúcia Vânia, que foi a úni­ca deputada federal da bancada goiana na Constituinte.

“A sociedade que imagináva­mos, o país com que sonháva­mos, o Brasil por que lutávamos era um país em que, acima das distinções de qualquer natureza, estava o princípio da dignidade da pessoa humana”, observou a senadora ao lembrar da reestru­turação da ordem democrática, da soberania popular e do direi­to ao voto, conquistas alcança­das com a Constituição.

A parlamentar avaliou que a Constituição foi um marco na equidade de gênero. “A Consti­tuinte representou uma oportu­nidade de institucionalização de várias das demandas femininas, que muito contribuíram e têm contribuído para uma socieda­de mais justa, ainda que esteja­mos distantes do ideal”, afirmou.


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