Elias Vaz: Bolsonaro não explica gastos com cartão
Redação DM
Publicado em 14 de fevereiro de 2022 às 14:15 | Atualizado há 3 anos
O deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) vai anexar ao pedido de urgência no julgamento de auditoria do cartão corporativo da presidência da República, que apresentou na semana passada ao Tribunal de Contas da União, novos dados sobre gastos do governo Bolsonaro. “O presidente tem alegado que o gasto do cartão é alto (R$30 milhões nos últimos três anos) porque precisa viajar com comitiva, com guarda-costas. Bolsonaro usa lorotas para justificar o injustificável. A verdade é que os gastos dessa comitiva não são computados no cartão da presidência e sim nos cartões da Abin ou do GSI”, explica o deputado.
Elias Vaz descobriu que, somados, os cartões da presidência, da Abin e do Gabinete de Segurança Institucional ultrapassam a marca de R$52, 9 milhões. “Cai por terra essa explicação fajuta de ter que bancar guarda-costas”, salienta. Se não bastasse isso, o parlamentar também identificou que, ao longo de 2021, a Presidência da República empenhou e gastou R$ 4.572.209,25 com diárias destinadas a militares que integraram as comitivas de Bolsonaro e Mourão, todos sob o comando do Gabinete de Segurança Institucional.
Essas despesas não são pagas com cartão corporativo, tendo em vista que o próprio agente realiza o pedido e a prestação de contas pelo Sistema de Concessão de Diárias e Passagens do Governo Federal (SCDP), recebendo o dinheiro em sua conta bancária. “Essas contradições do presidente indicam que tem algo errado nessa história dos gastos do cartão corporativo. E essa situação precisa ser explicada”, afirma Elias Vaz.