Política

Eliton no PSDB e Marconi avança projeto nacional

Redação DM

Publicado em 14 de agosto de 2015 às 01:31 | Atualizado há 5 meses

As informações a respeito da filiação do vice-governador José Eliton (PP) no PSDB voltaram com força ao cenário político nesta semana e, embora o pepista afirme que não está em processo de migração para o ninho tucano, nos bastidores a mudança é vista como estratégica para o projeto nacional do governador Marconi Perillo.

A hipotética entrada do vice-governador no ninho tucano atenderia a dois focos: fortalecimento da base aliada estadual e ampliação da liderança de Marconi na região Centro-Oeste com vistas a uma candidatura ao Palácio do Planalto em 2018, ou mesmo à vice-presidência.

O ingresso do vice-governador no PSDB teria ainda uma compensação, com repercussão nacional: a filiação, no PP, do senador Wilder Morais (DEM), o que ampliaria a bancada pepista no Senado. No caso, o partido, que tem exatamente o mesmo número de senadores do DEM, passaria a contar com seis integrantes, e se consolidaria como a quarta maior bancada da Casa, atrás de PMDB (19), PT (12) e PDT (7).

Além disso, a filiação de Wilder Morais garantiria a manutenção da vaga do PP na chapa majoritária goiana, já que o senador tem dito que gostaria de disputar a reeleição.

Com a filiação no PSDB, o vice-governador José Eliton daria ainda mais robustez ao projeto nacional do governador Marconi Perillo, proporcionando à chapa local ao Palácio das Esmeraldas em 2018 peso e importância nacionais.

Seria um passo a mais na ação política da dupla que se mostra afiada desde a disputa do governo, em 2010 e da reeleição, em 2014. A sintonia não é apenas política, amplamente evidenciada pela extrema lealdade de Eliton ao projeto de Marconi. Também no campo administrativo, as ações são afinadas e com resultados positivos, especialmente no que se refere às inovações na gestão e aos índices positivos da economia, com crescimento e geração de empregos em Goiás, apesar da crise nacional.

Do ponto de vista das projeções, a filiação de José Eliton ao PSDB reafirmaria sua clara preocupação com o fortalecimento da base aliada e do Estado em nível nacional, diante dos evidentes avanços políticos de uma articulação que passa pelo presidente nacional do PSDB, Aécio Neves (MG), favorito para encabeçar a chapa presidencial tucana em 2018 e atualmente líder nas pesquisas de intenção de voto para o Palácio do Planalto.

Eliton e Taques

A filiação de José Eliton no PSDB estaria também no mesmo contexto da articulação nacional que nesta semana garantiu o ingresso do governador de Mato Grosso, Pedro Taques (PDT), no ninho tucano. A articulação foi conduzida pessoalmente por Marconi e se consolidou no encontro do Fórum de Governadores do Brasil Central, há uma semana.

Com o ingresso de Taques, o PSDB passa a ter seis governadores – além de Goiás, os tucanos comandam os Estados de São Paulo, Paraná, Pará e Mato Grosso do Sul.

A eventual filiação de José Eliton no PSDB daria ainda mais musculatura para a liderança regional do governador Marconi Perillo, com repercussão direta na abertura de espaços no tucanato nacional.

Com a movimentação, Marconi, no mínimo, aumenta o cacife político para ingresso na chapa ao Palácio do Planalto, a princípio como candidato à vaga de vice-presidente. Porém, mesmo que não garanta uma posição majoritária, as articulações aumentam o espaço do governador e da base aliada estadual no partido, abrindo caminho para a Esplanada dos Ministérios em eventual governo tucano.


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