Está com medo de que? Defesa de Mauro Cid pede que STF o livre de prestar depoimento em CPI
Gregory Rodrigues
Publicado em 16 de junho de 2023 às 17:56 | Atualizado há 2 anos
Os advogados
de defesa do ex-ajudante de ordens do ex-presidente da República Jair Messias
Bolsonaro, Tenente Coronel Mauro Cid, encaminharam ao Supremo Tribunal Federal
pedido para que a corte dispense seu assistido da obrigação de comparecer a Comissão
Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos golpistas de 8 de janeiro.
A
convocação do militar foi aprovada na reunião da comissão realizada na última
terça-feira, 13 de junho. Ele estaria obrigado a comparecer na condição de
testemunha, onde teria o compromisso de não faltar com a verdade ao ter que
responder as perguntas apresentadas pelos Deputados e Senadores membros da
CPMI.
No
pedido encaminhado ao STF, a defesa de Cid pede que ainda que seu cliente
decida comparecer ao plenário da comissão, a mais alta corte de justiça do país
conceda a ele o direito de permanecer calado, o direito a não fazer o juramento
de não faltar com a verdade, e a garantia de que não sofra constrangimentos
físicos, morais e psicológicos. Caso Cid opte pelo não comparecimento a sessão
da CPMI, os advogados pedem que a corte impeça a condução coercitiva do militar.
Mauro Cid
está preso desde o último dia 3 de maio de 2023, após a deflagração de uma operação
da Polícia Federal que investiga fraudes nos registros dos cartões de vacinação
de Jair Bolsonaro, seus auxiliares e da própria família de Cid. O celular do
militar foi apreendido nesta ocasião e perícias realizadas no aparelho revelaram
diálogos e documentos de uma grave trama para a instalação de um golpe de estado
que manteria Bolsonaro no poder.