Goiás ocupa 2º lugar em feminicídios no Brasil, diz relatório
Diário da Manhã
Publicado em 17 de dezembro de 2017 às 01:18 | Atualizado há 7 anos
Goiás aparece em 2º lugar, no Brasil, no mapa de feminicídios. É o que denuncia Relatório Especial do Comitê de Direitos Humanos Dom Thomás Balduíno. A cada hora, 503 mulheres sofreram algum tipo de agressão física, no País, aponta. A taxa de assassinatos de mulheres é de 4,8 em 100 mil, o que faz com que o Brasil figure entre os países com maior índice feminicídios, ocupando a quinta posição em um ranking de 83 nações, registra.
– Dos 27 estados brasileiros, Goiás ocupa o triste segundo lugar do país em feminicídios. Desde casos emblemáticos, como de um serial killer misógino às ocorrências mais comuns, que são os assassinatos por companheiros, cônjuges ou membros da família.
O documento obtido pelo Diário da Manhã mostra que até o mês de novembro de 2017, em Goiás, houveram cinco casos de assassinatos de mulheres transexuais e travestis. Mais: cinco casos de assassinatos de homens cis gay, um suicídio de homem cis gay e dois casos de agressões e/ ou violações de direitos humanos. Pesquisa da Universidade Federal de Goiás diz que 61 moradores de rua foram mortos em Goiânia entre agosto de 2012 e maio de 2015.
– A população de rua, além de ser violentada pela falta de políticas públicas, nos primeiros nove meses de 2017, foi vítima de pelo menos 17 assassinatos noticiados.
Com base na Lei Antiterrorismo, o Judiciário, em Goiás, quer criar suposta jurisprudência para criminalizar oso movimentos sociais e as lutas pela democratização da arcaica estrutura fundiária. Os trabalhadores Luiz Batista Borges, Diessyka Santana,Natalino de Jesus, o geógrafo José Valdir Misnerovicz e Lázaro Pereira da Luz foram presos, em Goiás. Na luta pela reforma agrária e contra o golpe deflagrado por Michel Temer, mostra o dossiê.
– Em outubro de 2017 denúncia do Ministério Público Federal em Rio Verde-GO aponta prática de tortura, maus-tratos, assédio moral e perseguição político-ideológica a recrutas.
O Relatório Especial do Comitê de Direitos Humanos Dom Thomás Balduíno ACUSA A deputada federal do PR Magda Mofatto de suposto incitamento à violência e à “justiça com as próprias mãos. Em sua propaganda partidária, no rádio e na TV, a parlamentar defendeu abertamente a revisão do estatuto do desarmamento. Para favorecer o acesso dos cidadãos à armas de fogo e ao porte de armas, ataca o texto elaborado por ativistas de Direitos Humanos.
– Em Goiás, há casos de trabalho escravo não apenas no setor agrícola e extrativista, es, inclusive, no comércio varejista.
O modelo de radiodifusão brasileiro está sedimentado num modelo centralizador e antidemocrático, seus objetivos e fins estão relacionados com o poder político e econômico vigentes. É o que desnuda o documento. Conglomerados de comunicação,controlados por sete famílias, exercem propriedades cruzadas, impedem a participação da sociedade na discussão, no debate e no seu acesso aos meios de produção e veiculação da informação, atira.