Política

Goiás volta a estar no eixo

Redação DM

Publicado em 8 de setembro de 2021 às 12:26 | Atualizado há 4 anos

Quando assumiu o Governo de Goiás, em 2019, a nova gestão encontrou o seguinte cenário: os goianos tinham uma dívida pública federal de R$ 20 bilhões e dívida de curto prazo (inclusive com a União e fornecedores) de R$ 6 bilhões. É a maior dívida da história de Goiás. Nós, os goianos, estávamos andando para trás nos índices econômicos e financeiros.

O símbolo mentecapto desta época: o Governo de Goiás – inclusive a Assembleia Legislativa e sociedade civil – permitiu a venda da Celg. O maior patrimônio de Goiás, empresa pública que, inclusive, só dava lucros, foi vendida por R$ 2,1 bi quando seus lucros em 18 meses geravam idêntica riqueza.

Em oito meses, o governador Ronaldo Caiado (DEM) conseguiu quitar a segunda dívida. Este pacote integrava os débitos herdados com prefeituras, hospitais, universidades, amortizações da Dívida Pública e vários outros gastos, como R$ 1,3 bi com salários atrasados de servidores públicos. Para cada caso, a equipe de Caiado buscou uma solução. O problema maior, a dívida com a União, exigiu a apresentação de pedido formal de Regime de Recuperação Fiscal – espécie de concordata, em que se busca sanear dívidas e voltar ao poder de gestão.

Até então Goiás era o Estado – ao lado do Rio de Janeiro e Minas Gerais – com maior situação de ingovernabilidade. O Hospital Materno Infantil (HMI) estava sob ameaça de intervenção. O Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), pasme, tinha sido interditado. O Hospital do Câncer não recebia repasses do governo anterior. Era o caos.

Passados dois anos e oito meses, Goiás, impactado pela pandemia de coronavírus, sobrevive e começa a sair do período negro que se encontrava.

A tempestade perfeita para que Goiás sucumbisse a um painel de anomia corrompeu todas as áreas: o Estado entrou em processo de desindustrialização, ocorreu queda no desempenho do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e os goianos enfrentavam um cenário pavoroso de violência distópica: Goiás era o centro nacional do novo cangaço.

O crime que agora assola São Paulo e outros estados brasileiros teve uma queda brusca ao nível de nenhuma espécie deste delito ter sido noticiada em um ano – antes delito comum até mesmo na praça Tamandaré, de Goiânia, ou mesmo em cemitérios tradicionais, como o Jardim das Palmeiras.

Este cenário econômico colapsado pode ser consultado nos links da imprensa, em números públicos dos portais de Transparência do Ministério da Economia, Secretaria da Fazenda, Atlas da Violência e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Mesmo com a crise econômica, Goiás trouxe novos números nove meses depois: o Estado bateu recordes de geração de empregos para o ano de 2020 e 2021 (dados do Ministério do Trabalho), foi o primeiro estado no Ideb em 2020 e chegou a superar São Paulo e Minas Gerais nos números da industrialização.

Goiás vive outro momento em sua história e a mudança de gestão fez a diferença. Antes o estado estava sob o fogo cerrado do noticiário nacional de corrupção. Agora, tenta impactar e equilibrar as diferenças, os débitos e as dificuldades. Por incrível que pareça até obras começaram a ser feitas e entregues.

Crédito

Ao mesmo tempo em que teve que lidar com a progressão da pandemia, o governador tem buscado interferir na economia com decisões diferentes do passado. O crédito, por exemplo, mudou de direção: cidades do interior têm recebido recursos do Estado e da União.

Da mesma forma que faz na saúde, com as policlínicas, Caiado tem apresentado a regionalização como modelo econômico – uma tese defendida extensivamente nas dissertações de mestrado e pesquisas de doutorado em economia do Estado.

A aplicação dos recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) em cidades que realmente necessitam, por exemplo, tem sido uma política de gestão. A regra central é dividir recursos com pequenos e médios.

“É inadmissível que haja empréstimos do FCO no valor de R$ 200 milhões, R$ 300 milhões enquanto temos uma carência de oferta ao micro, pequeno e ao empresário individual”, destaca Caiado. “Temos que redirecionar o recurso para boa utilização por quem necessita de uma verba com taxa de juros menor e carência maior”.

Outra ação surpreendente tem sido o diálogo. O gestor tem dividido decisões e chamado lideranças para discutir saídas para a crise goiana. Em recente inauguração de uma nova federação de empreendedores, as ações de Caiado foram elogiadas pelos detalhes.

O vice-presidente executivo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Paulo Afonso Ferreira, diz que Caiado tem buscado a união. “Fico muito feliz quando vejo lideranças querendo aglutinar. O Brasil precisa disso e nós, em Goiás, estamos juntando virtudes. Peço a Deus que ilumine Caiado para coordenar tudo isso e todas as lideranças”.

No segmento de obras, o gestor tem afastado o que mais atrapalhava Goiás: as denúncias de superfaturamento nas obras. Até agora, dois anos e meio depois da posse, as intervenções, por exemplo, em asfalto sofreram redução de 25% nos valores. E a qualidade melhorou. O gestor tem cobrado o que chama de “padrão Dnit”.

Nos segmentos técnicos o gestor é elogiado. O diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), general Santos Filho, por exemplo, apontou que, além da qualidade da obra, o apoio da gestão estadual é essencial para a busca de qualidade: “Uma coisa que é importante nos trabalhos em Goiás é a grande parceria que a gente tem do governador Caiado. Sinceramente, nunca vi um processo andar tão rápido e tão bem feito. Isso é um facilitador que nós temos em Goiás”.

Este cenário de estabilidade não existia no noticiário de 2018. O leitor pode fazer a pesquisa e verificar nas páginas dos jornais do Estado. A maior mudança tem sido a política de gestão, que avançou e instituiu soluções como o compliance e a busca de nomeação de técnicos para atuarem em cargos que antes eram políticos.

Se antes o Estado estava caminhando para trás, agora ele voltou a ensaiar progressos. Os dados econômicos e sociais são os melhores indicadores para que a população analise gestões. E, assim, cobrar dos gestores melhores desempenhos.

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