Prisão de Bolsonaro preocupa governistas nos EUA
DM Redação
Publicado em 5 de agosto de 2025 às 10:18 | Atualizado há 2 horas
Integrantes do governo Lula avaliam, em caráter reservado, que a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro pode gerar um impacto negativo imediato nas relações com os Estados Unidos. A decisão do ministro Alexandre de Moraes ocorre a dois dias da entrada em vigor das tarifas de 50% impostas por Donald Trump a produtos brasileiros, medida que atinge setores estratégicos da economia nacional.
Auxiliares de Lula reconhecem que Trump tende a utilizar a prisão de Bolsonaro como argumento político para endurecer as negociações comerciais. Mesmo admitindo a possibilidade de vitimização do ex-presidente, membros do governo defendem a legalidade da medida, justificando que Bolsonaro desrespeitou determinações judiciais no processo sobre a tentativa de golpe de Estado.
Ministros apontam que a condução das conversas bilaterais exige um protocolo diplomático que não foi estabelecido. Interlocutores próximos ao presidente brasileiro destacam que Trump tem condicionado uma revisão das sanções à flexibilização de medidas contra Bolsonaro, o que cria um ambiente de tensão entre os dois países.
O presidente do PT, Edinho Silva, saiu em defesa da decisão de Moraes, afirmando que o Judiciário agiu dentro de sua prerrogativa ao responder à violação de ordens judiciais. Ele lembrou que o processo investiga atos que atentaram contra lideranças da República e reforçou que, em situações como essa, a defesa da democracia exige o cumprimento rigoroso da legalidade.
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