Hugo Motta barra avanço de anistia a acusados de tentar matar Lula, Alckmin e Moraes
Redação Online
Publicado em 14 de agosto de 2025 às 12:00 | Atualizado há 2 horas
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta quinta-feira (14), que não há ambiente político para aprovar anistia a pessoas acusadas de planejar assassinatos no contexto dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. A declaração ocorre em meio à tramitação do Projeto de Lei da Anistia, que busca conceder perdão judicial a investigados e condenados pela invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília.
Entre os casos que inviabilizam a medida, segundo Motta, está o chamado plano “Punhal Verde e Amarelo”, que teria sido discutido com o ex-presidente Jair Bolsonaro e previa o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.
O deputado destacou que não tem “preconceito com pautas” e que a definição sobre a votação do PL cabe ao colegiado de líderes partidários. No entanto, ele deixou claro que só colocará a proposta em votação se houver maioria suficiente para aprová-la, o que não se verifica no momento.
A fala de Hugo Motta reforça o clima de cautela no Congresso diante de crimes classificados como graves e de grande repercussão nacional. Mesmo entre parlamentares que defendem algum tipo de anistia, há resistência em estender o benefício a casos que envolvem planejamento de homicídios, considerados incompatíveis com a ideia de perdão coletivo.
O debate sobre o PL da Anistia segue polarizando o Legislativo, com setores da base governista e parte da oposição em posições divergentes. Enquanto aliados do ex-presidente Bolsonaro pressionam pela aprovação ampla, líderes de partidos do centro e da esquerda defendem uma abordagem mais restrita, que exclua crimes violentos e atentados contra a vida.