“Iris não deixa prefeitura para concorrer ao governo”

O deputado estadual e presidente do PMDB Metropolitano, Bruno Peixoto, garante que o prefeito de Goiânia, Iris Rezende (PMDB), não deixará a prefeitura para se candidatar ao governo do Estado em 2018. A declaração foi feita em entrevista à Rádio 730 AM na última quarta-feira (1º). “Não escondo o carinho que tenho por Iris Rezende, ele é minha referência política. Mas garanto e afirmo a toda sociedade goianiense e ao povo goiano: Iris Rezende não deixará a prefeitura para candidatar-se ao governo. Iris está concentrado em fazer a melhor gestão de sua vida e o fará”, ressaltou.

Em relação à candidatura própria para disputar ao governo do Estado em 2018, Bruno Peixoto explica que a Executiva do PMDB se reuniu e chegou à conclusão que o partido terá candidatura em 2018. “Isso é irrevogável, foi uma decisão da Executiva. Entendemos a necessidade de candidatura própria, o PMDB é o maior partido do Estado e não pode se furtar em ficar fora da disputa em 2018, então o PMDB terá candidatura própria”, frisou.

Peixoto também destaca sua opinião pessoal do melhor nome dentro do partido para a disputa ao governo, considerando o deputado federal Daniel Vilela com as qualidades necessárias. “Temos, hoje, dois nomes que estão em destaque: Daniel e Maguito Vilela. Particularmente, entendo que Daniel representa esse perfil inovador e de mudança, esse perfil que a sociedade tanto anseia, um perfil de trabalho, seriedade, com características de progresso e desenvolvimento e, ao mesmo tempo, com a experiência do nosso partido”, ressalta Bruno e explica: “ Digo hoje porque nós temos muito tempo ainda para debater nomes. Prefiro debater no nosso partido projetos, ideias, perfil e não nomes. Mas acredito que, hoje, o nome de Daniel Vilela, na minha opinião pessoal e não do partido, é o nome que mais se destaca ”, completa.

Particularmente, entendo que Daniel representa esse perfil inovador e de mudança, esse perfil que a sociedade tanto anseia”

Para escolha do nome que representará o PMDB na disputa ao governo do Estado em 2018, Bruno garante que o partido trabalhará para que haja unidade. “Vamos trabalhar para um consenso, não vamos definir um candidato, vamos definir um projeto e um perfil e o candidato que melhor se encaixar a este projeto e perfil será o escolhido. Vamos trabalhar projetos, trabalhar ideias, perfil e não nomes”.

Protagonista da oposição

Questionado sobre a continuidade da aliança entre PMDB e Ronaldo Caiado (DEM) – que aconteceu nas eleições majoritárias em 2014, onde Iris Rezende perdeu pela quarta vez para o governador Marconi Perillo (PSDB) e Caiado foi eleito senador –, Peixoto acredita que os partidos caminharão juntos em 2018, no entanto, o DEM tem declarado que irá lançar candidatura própria ao governo do Estado e que, provavelmente, será Ronaldo Caiado. “Vejo que PMDB e DEM caminharão juntos em 2018, porém os dois [partidos] apresentaram nomes e vejo com a característica salutar. É importante apresentar nomes à sociedade, é importante apresentar projetos e lá na frente afunilarmos em um nome só”, destaca.

O presidente do PMDB Metropolitano reforça que o partido será protagonista nas eleições em 2018, o que justifica ter um nome para disputar o cargo de governador. “Hoje, entendo que o PMDB terá candidatura própria em 2018 e entendo também que será o protagonista, referente à oposição. Acredito que este é o melhor momento para o PMDB, porque o atual governo vem de um processo de desgaste, de quase 20 anos no poder. Estamos acompanhando o cenário nacional, estamos vendo a exigência da população e não é diferente no nosso Estado. Acreditamos que o PMDB será o protagonista em 2018”, assegura.

Em relação ao senador Ronaldo Caiado, Peixoto destaca o carinho e admiração e, caso o senador queira fazer parte do PMDB, será recebido. “Gostamos muito do senador Ronaldo Caiado, o PMDB teve grande participação em sua eleição, é um senador combativo, responsável, é um senador que tem respeito – não apenas do estado de Goiás –, mas de todo o País. Sem sombra de dúvidas, será muitíssimo bem-vindo ao nosso partido, o PMDB, caso queira vir”. Já em relação à aliança do partido com o PT, Bruno Peixoto acredita em uma oposição unida e na possibilidade dos partidos estarem juntos em 2018. “A oposição tem, sim, que se unir. Vejo com naturalidade a oposição caminhar unida, independentemente da sigla partidária, quem não concordar com o projeto do governo tem que buscar um caminho alternativo para esse projeto. Entendo que, hoje, o PMDB como o maior partido do nosso Estado tem condições de ser protagonista”, destaca.

Base marconista

Sobre aliança com partidos da base marconista, como PTB, PSD, PSB e PR, Bruno Peixoto afirma que poderá haver diálogo, no entanto não acredita que tais partidos caminharão com o PMDB em uma disputa majoritária para o governo, mas acredita na possibilidade de união para uma disputa ao Senado. “Particularmente, não acredito. Mas vamos dialogar e discutir. Não podemos recusar o apoio para um projeto do nosso Estado, mas o que deixo claro é que somos oposição ao atual projeto do governo. Tem um detalhe que será importante debatermos, porque são duas vagas ao Senado”, lembra.