Uma carta achada com Lázaro Barbosa no dia em que foi morto pode conter informações que ajudam a Polícia Civil a desvendar o caso da chacina que aconteceu no Distrito Federal. Lázaro foi morto na última segunda-feira (28) pela polícia.
No texto, Lázaro declara que uma das vítimas estaria armada e por isso ele atirou. "O cara tava armado e, antes de eu conseguir enquadrar a vítima, ainda conseguiu avisar uma pessoa, que quando eu vi já foi só tiros", escreveu Lázaro.
Em outro momento, o então fugitivo afirma que estava sem munição: "Já tive dois confrontos. Tô zerado de munição... Pra pegar pra mim, eu vou te adiantar 500 reais."
A carta estava no bolso de um casaco que Lázaro usava quando foi localizado. Além da carta, havia R$ 4 mil em dinheiro, que os investigadores buscam identificar qual a procedência.
Ao programa "Fantástico", da TV Globo, a Polícia Civil acredita que Lázaro redigiu a carta para um colega, a quem também seria solicitado a munição. A averiguação diz também que Lázaro tenha recebido ajuda de um fazendeiro a quem a família Vidal devia dinheiro.
A delegada da Polícia Civil de Goiás, Rafaela Azzi, encarregada de investigar os crimes cometidos por Lázaro, declarou: "Considerando que havia um laço anterior, que Lázaro já era conhecido pelo proprietário [Elmi Caetano Evangelista] e na entrevista [depoimento à polícia] o proprietário fala que aquela família [Vidal] devia um dinheiro a ele, nós não descartamos a hipótese de que ele tenha, realmente, usado Lázaro para cobrar a dívida e, não recebendo, matar aquelas pessoas."
A defesa de Elmi repudiou as suspeitas e nega envolvimento na morte da família.
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